Na verdade, poderia ter sido uma goleada, atendendo ao número de situações de que Portugal dispôs para marcar na primeira parte de uma partida ante os Países Baixos que, assim que começou...estabelecia-se um recorde, de internacionalizações pela equipa nacional de futsal, por João Matos, que cumpria o 209.º jogo. A equipa nacional passaria por um susto no segundo tempo, quando o adversário anulou uma diferença de 2-0 para 2-2, mas a equipa nacional reagiu de imediato e venceu com justiça (4-2).

Em dia de recorde, Portugal parecia querer estabelecer outro recorde...mas de bolas nos ferros, perante aquela que, à primeira vista, será a principal concorrente pela liderança do grupo, os Países Baixos.

Apesar de o 1-0 poder indiciar algum equilíbrio, este...não aconteceu e a equipa portuguesa colecionou, apenas no primeiro tempo, seis bolas nos postes e as duas primeiras ainda nos primeiros cinco minutos. Pany Varela e Tiago Brito abriram as hostilidades e oportunidades sucediam-se para Portugal, mas os Países Baixos tinham resistência...férrea (literalmente) e Kutchy, aos 7', e Lúcio Rocha, aos 9', atiravam ao poste direito.

Numa invulgar tendência pelo ferro, seguiram-se dois lances de ressalto que embateram em cada um dos postes, aos 10 e 13', e Portugal apenas suplantou essa inusitada pontaria aos 15' com a abertura do marcador, através de um remate rasteiro de Tiago Brito.

Motivado por uma primeira parte de domínio, a equipa lusa precisou de apenas dois minutos na segunda metade para ampliar a vantagem numa pressão alta bem efetuada por Kutchy, que permitiu a Diogo Santos atirar para golo apenas perante o guarda-redes.
Os Países Baixos pareciam rendidos à superioridade portuguesa mas, quando nada o fazia esperar, anularam a vantagem com dois golos separados por um minuto.

Ouaddouh, num lance que parece precedido de falta sobre André Coelho, e Ceyar que surgiu isolado no meio-campo português, empataram o resultado...mas apenas de forma momentânea, já que no minuto seguinte, aos 29’, Pany Varela foi protagonista, com um remate indefensável de meia distância aos e já perto do final, a apenas 57 segundos do final, Pany bateu canto para a finalização certeira à entrada da área de Diogo Santos, que bisou na partida e fixou o 4-2 final.

Portugal acabou por vencer, mas de forma escassa tendo em conta o número de situações de finalização de que dispôs, mas cumpriu o objetivo de somar a segunda vitória e isolar-se no topo do agrupamento, destacando-se precisamente em relação ao seu opositor, com quem dividia a liderança.