
O candidato presidencial Marques Mendes salientou este domingo o "forte legado" que deixou o ex-presidente do FC Porto Pinto da Costa, que morreu no sábado aos 87 anos, considerando-o uma referência da cidade e da região.
"Polémicas à parte, é impossível não reconhecer o seu forte legado", referiu Luís Marques Mendes, numa mensagem enviada à agência Lusa.
Nesse sentido, o candidato a Presidente da República destacou o facto de Jorge Nuno Pinto da Costa ter sido o "presidente mais titulado do mundo", assim como o "líder de um clube que passou do nível regional para o plano global".
O antigo dirigente desportivo foi ainda uma "referência incontornável de uma cidade e uma região", destacou Marques Mendes, acrescentando que ao longo seu lado, "goste-se ou não se goste, nunca faltou um acentuado sentido de humor."
Pinto da Costa morreu aos 87 anos
Jorge Nuno Pinto da Costa morreu este sábado, aos 87 anos, vítima de cancro. O estado de saúde do ex-presidente do FC Porto deteriorou-se depois de uma longa batalha contra um cancro na próstata.
Morreu menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
A última vez que apareceu em público foi no final de dezembro, no estádio do Dragão, para assistir à vitória dos dragões sobre o Estrela da Amadora (2-0).
Antes disso tinha estado, em outubro, na apresentação do seu último livro. "Azul até ao fim", escrito em jeito de despedida, teve como ponto de partida o diagnóstico de cancro, em setembro de 2021.
A partir de então, e até ao momento em que lhe deram três meses de vida, foi-se preparando para o final, escondendo a doença dos mais próximos.
O velório de Pinto da Costa realiza-se este domingo, a partir das 18:00, na Igreja das Antas. O funeral decorre na segunda-feira, pelas 11:00.
Os convidados e os "traidores" que não queria no seu funeral
No livro "Azul Até Ao Fim", publicado em outubro passado, o ex-presidente do FC Porto elaborou uma lista de convidados para o seu funeral. A atual direção do emblema da Invicta não integra o lote de escolhidos.
Numa das passagens da última obra de Jorge Nuno Pinto da Costa, o antigo líder dos 'azuis e brancos' revelou que, para além dos elementos da atual direção do FC Porto, não pretendia contar com as presenças de alguns ex-atletas, tais como Antero Henrique, Hélton, Maniche, Eduardo Luís, André ou António Sousa, todos eles considerados "traidores".
"Poderia acrescentar mais nomes como Antero Henrique, Raul Costa, Joaquim Oliveira, Tiago Gouveia, Pedro Bragança, mas não é preciso porque estou certo de que não terão "lata" para lá ir", lê-se.
Por outro lado, Pinto da Costa fazia questão de ter no seu funeral outros nomes do universo portista:
"Gostava de ter ao meu lado: o António Henriques, o Pedro Pinho, o Quintanilha, o Fernando Póvoas, o Luís Gonçalves, o António Oliveira, o Hugo Santos, a Sandra Madureira, o Fernando Madureira, o Caetano e o Marcos Polónia."