
Nos primeiros seis meses de 2025, a Associação de socorro em alto-mar Sanas Madeira realizou um total de 71 missões, com um total de navegação de 671,8 milhas náuticas (mais de 9,5 voltas à Ilha da Madeira), tendo empenhado um total de 382 horas. Nas suas operações, destaque para as 33 missões de busca e salvamento (SAR) realizadas, dos quais 16 foram evacuações do cais do Sardinha, na Ponta de São Lourenço, no Caniçal.
Estas 16 evacuações, que são 52% das missões SAR das equipas de resgate do Sanas Madeira, resultaram em 359 milhas náuticas de navegação e empenhamento de 52 horas no mar, para resgate de 4 vítimas em estado crítico e 11 feridos recolhidos, além de 9 acompanhantes evacuados, tendo ainda sido empenhados 59 bombeiros nestas operações.
Comparado com igual período do ano passado, quando se realizaram 65 missões entre Janeiro e Junho, ou seja mais 9,2%, a verdade é que as evacuações realizadas a partir do Cais do Sardinha tinham sido apenas 9, o que significa que este ano há um crescimento de 77,7% destas operações.
Além deste claro destaque, o Sanas Madeira deu apoio a diversas missões, no total de 38, resultando em mais 312,8 milhas náuticas de navegação, 330 horas de empenhamento de meios, acompanhamento de 925 atletas, 10 dos quais assistidos e destes 7 transbordados.
De acordo com o comandante do Sanaas Madeira, citado no balanço de meio ano, "esta tendência, de um aumento exponencial de solicitações para a busca e salvamento ou para apoio a atividades diversas, continua em linha com o que constatamos no final do ano passado. Existem mais pessoas a desfrutar do nosso mar, existe uma maior afluência às veredas e, obviamente, existe também um maior número de solicitações para apoio, segurança e socorro dos populares", constata Angelo Abreu.
O responsável acrescenta: "Com tendência inversa temos a costa norte, pois é com satisfação que verificamos a quase extinção das ocorrências na zona das Piscinas Naturais do Seixal desde que se iniciou o serviço de vigilância com uma equipa de nadadores-salvadores. O binómio, nadadores-salvadores e Estação Salva-Vidas de Porto Moniz, tem-se revelado uma excelente aposta e a inexistência de fatalidades durante estes primeiros 6 meses, é demonstrativo da competência e empenho com que o SANAS Madeira assumiu o desafio."
Para Angelo Abreu, "substancial é a elevada percentagem que as evacuações do Cais do Sardinha possuem no total de ativações. A elevada afluência da Vereda da Ponta de São Lourenço e o contínuo desrespeito pelas recomendações de segurança são o mote para um aumento substancial dos pedidos de evacuação", realça. "Apesar do reforço das autoridades no uso de calçado adequado, que se mantenham dentro do percurso recomendado e da necessidade de alguma destreza física para se efetuar aquele trajeto com segurança a verdade é que se continuam a confirmar infrações que motivam consequências físicas às vítimas e consequente necessidade de intervenção", alerta.
Por isso, conclui, "são números bem representativos da atividade, intensa, que a Associação Madeirense para Socorro no Mar desenvolve e que apenas são possíveis graças ao compromisso dos seus operacionais, voluntários e profissionais. Presentes, assíduos e empenhados permitem-nos honrar o lema de estarmos 'No Mar, Pela VIDA!'".