Depois da apresentação oficial, a candidatura de José Luís Carneiro à liderança do PS foi entregue esta quinta-feira à tarde na sede nacional do partido, em Lisboa.

Durante o discurso, o candidato a secretário-geral do PS reconheceu o momento difícil pelo qual o Partido Socialista (PS) está a passar e sublinhou que a sua moção estratégica é um trabalho de construção para uma alternativa à direita.

Além disso, José Luís Carneiro prometeu ir ao encontro da sociedade civil.

Carlos César reconhece "tarefa difícil" de próxima liderança e pede união ao partido

O presidente do PS, Carlos César, que também esteve presente na entrega da candidatura, afirmou esta quinta-feira que a próxima liderança socialista terá uma "tarefa difícil", frisando que lhe caberá reconciliar o partido com a cidadania, e pediu união aos militantes.

Carlos César destacou o "sentido de responsabilidade e de serviço" de José Luís Carneiro ao apresentar uma candidatura "neste presente frágil", considerando que será "certamente um fator de unidade, de congregação de todos os socialistas".

O presidente do PS defendeu ainda que o "PS precisa de se unir, sem prejuízo de essa união ser fundada num debate profundo e sério sobre o seu papel na sociedade portuguesa e sobre o papel que o PS aguarda e deseja para Portugal no seu interior e na sua relação externa".

"Não é uma tarefa fácil, nem uma decisão fácil, alguém candidatar-se à liderança do partido depois do que aconteceu no último ato eleitoral e com as debilidades que ficam naturalmente associadas a este momento menos feliz da nossa história eleitoral", frisou, acrescentando que a responsabilidade do futuro líder do PS é elevada, porque não será "dirigente nem militante de um partido qualquer".


As eleições internas para a liderança do PS realizam-se em 27 e 28 de junho e, até ao momento, José Luís Carneiro é o único candidato à sucessão de Pedro Nuno Santos, que se demitiu do cargo de secretário-geral do partido após os resultados das eleições legislativas de 18 de maio.

Com Lusa