A quarta e última sessão do julgamento que opõe os Anjos a Joana Marques decorreu esta sexta-feira. A humorista falou em tribunal. À saída, confessou olhar para o caso com "estupefação". Já a advogada dos Anjos adiantou que a decisão da juíza deverá ser conhecida no final de setembro ou início de outubro.

Joana Marques falou esta sexta-feira em tribunal, no Palácio da Justiça, em Lisboa. Durante as duas horas e meia em que foi interrogada, a humorista disse que a única intenção que teve com o vídeo foi a de fazer rir, uma vez que é a sua profissão, e considerou que não há humor que não ofenda.

Aos jornalistas à saída do tribunal, confessou que tem olhado para o caso com "bastante estupefação".

Já os irmãos Rosado disseram, à saída do tribunal que só lhes resta esperar pela decisão da juíza. Aos jornalistas, Sérgio Rosado referiu que "está tudo falado" e que a partir de amanhã a comunicação social "já pode ter outros assuntos para falar".

A última sessão do julgamento decorreu esta sexta-feira, dia em que a humorista falou em tribunal.

Nas alegações finais do julgamento, as advogadas dos Anjos consideraram que a humorista faz parte de uma elite poderosa que controla a perceção pública.

A defesa dos Anjos comparou o depoimento de Ricardo Araújo Pereira ao de Mário Machado. Isto é, recuperaram o depoimento de Ricardo, testemunha de Joana Marques, para afirmar que se assemelha aos argumentos usados por Mário Machado no caso das ofensas às deputadas de Esquerda.

Ainda não há uma data para ser conhecida a decisão da juíza. Contudo, à saída, uma das advogadas de defesa dos irmãos Rosado adiantou que a decisão deve ser conhecida no final de setembro ou início de outubro.

O caso remonta a abril de 2022, após os Anjos terem interpretado o hino nacional no Grande Prémio de Portugal de MotoGP, no Autódromo Internacional do Algarve, o que levou a humorista a fazer uma piada em torno da atuação.

A dupla musical exige a Joana Marques o pagamento de 1 milhão e 118 mil euros de indemnização, queixando-se ter sofrido perdas financeiras significativas, que dizem ter sido consequência do vídeo.

O julgamento começou em 17 de junho. A sentença do Tribunal Central Cível de Lisboa vai ser comunicada por escrito às partes, depois das férias judiciais de verão.