
Shadmani era "o comandante militar de mais alta patente e a figura mais próxima" do líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, disse o exército israelita num comunicado.
O exército precisou que o bombardeamento foi lançado durante a noite contra "um centro de comando no coração" da capital iraniana, Teerão, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.
"Pela segunda vez, as Forças de Defesa de Israel [FDI, na sigla em inglês] eliminaram o chefe do Estado-Maior do Irão, o mais alto comandante militar do regime", afirmou o exército.
Os militares de Israel acrescentaram que nos últimos anos, Shadmani "influenciou diretamente os planos operacionais do Irão para atacar o Estado de Israel".
O Irão não confirmou a morte de Shadmani.
"Antes da eliminação do antecessor, Shadmani era o vice-comandante do Comando Khatam al Anbiya - o comando unificado das Forças Armadas, independente do Estado-Maior desde 2016 - e chefe da Direção de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas", disse o exército israelita.
Referiu que "a eliminação de Shadmani vem juntar-se a uma série de eliminações de oficiais militares de topo do Irão", algo que "degrada a cadeia de comando das Forças Armadas iranianas".
Shadmani foi nomeado chefe do Comando Khatam al-Anbiya em 13 de junho, horas depois de o antecessor, Qolamali Rashid, ter sido morto num bombardeamento israelita.
A nomeação foi feita ao abrigo de um decreto aprovado por Khamenei para substituir vários oficiais superiores mortos pelo exército israelita no primeiro dia da ofensiva contra o Irão.
Israel justificou a ofensiva com os progressos do programa nuclear do Irão e a ameaça que o fabrico de mísseis balísticos pela República Iranaina representa para o país.
Desde então, os aviões israelitas atacaram infraestruturas militares, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares, nomeadamente em Natanz, Isfahan e Fordo.
Foram também atacados altos responsáveis da Guarda Revolucionária Iraniana e cientistas nucleares.
No Irão, os ataques causaram pelo menos 229 mortos, segundo um balanço do Governo de Teerão.
Em Israel, os lançamentos de mísseis iranianos mataram 24 pessoas até ao momento, segundo as autoridades israelitas.
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