O Exército israelita está a bombardear o Líbano, visando infraestruturas do movimento xiita Hezbollah, incluindo um "local de produção de mísseis", anunciou hoje o ministro da Defesa israelita, Israel Katz.

De acordo com o ministro, o Exército está a "atacar com força a infraestrutura terrorista da organização terrorista Hezbollah no Líbano, incluindo o maior local de produção de mísseis de precisão do Hezbollah".

Os bombardeamentos ocorreram no Vale do Bekaa, no sudeste do Líbano, especificou o Exército em outra nota informativa.

"Entre os alvos atingidos estavam locais de fabrico de explosivos utilizados para desenvolver o arsenal do Hezbollah, bem como uma instalação subterrânea dedicada à produção e armazenamento de armas estratégicas", acrescentaram as fontes militares, alegando que "o Hezbollah tentou reabilitar estes locais e capacidades, violando os acordos entre Israel e o Líbano".

O ministro da Defesa israelita afirmou ainda que "a política de repressão máxima contra o Hezbollah vai continuar", referindo que qualquer tentativa desta organização pró-iraniana "em se restabelecer ou de ameaçar novamente será recebida com uma resposta de intensidade implacável".

Apesar do cessar-fogo que entrou em vigor a 27 de novembro de 2024 para pôr fim a mais de um ano de hostilidades, incluindo dois meses de guerra aberta, Israel continua a realizar ataques quase diários contra o Líbano, afirmando ter como alvo o Hezbollah.

Nos termos do acordo de trégua, o Hezbollah deveria retirar os seus combatentes para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita, onde apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz das Nações Unidas devem ser destacados.

Israel, que deveria ter retirado completamente as suas tropas, mantém-nas em cinco posições fronteiriças que considera estratégicas.

Telavive acusa as autoridades libanesas de não fazerem o suficiente para desarmar o grupo xiita.

O Presidente do Líbano, Joseph Aoun, disse hoje que as autoridades de Beirute estão determinadas no desarmamento do Hezbollah, depois de o grupo armado ter afirmado que a medida favorece Israel.