O grupo islamita Hamas e Israel "alcançaram avanços" na questão dos prisioneiros palestinianos que serão libertados em troca dos reféns israelitas na Faixa de Gaza, afirmou esta segunda-feira à EFE fonte do Hamas. Contudo, "persistem alguns desacordos" relativamente à presença das forças israelitas durante o cessar-fogo no enclave palestiniano, acrescentou a mesma fonte, conhecedora das negociações indiretas entre os mediadores -- Egito, Qatar e Estados Unidos -- e as delegações israelita e palestiniana.

As novas propostas recebidas pelo Hamas continuam a ser analisadas, pelo que o movimento islâmico deverá responder em breve, assegurou a fonte à agência noticiosa espanhola.

Outra fonte, mas egípcia, próxima das conversações disse também à EFE que os mediadores em Doha continuam a aguardar a resposta do Hamas à mais recente proposta de cessar-fogo no devastado enclave palestiniano. A fonte explicou que os membros do movimento palestiniano presentes na capital catari "tendem a apoiar a proposta", embora tenha ressalvado que a ala militar do Hamas "ainda não enviou uma resposta clara".

Segundo a fonte, a delegação israelita "continuará em Doha devido ao progresso do processo negocial", sublinhando que "o ministro dos Assuntos Estratégicos [israelita, Ron Dermer] juntar-se-á às negociações caso se registe um avanço".

A atual proposta em cima da mesa, em discussão no Qatar, prevê uma trégua de 60 dias, durante a qual o Hamas e Israel deverão negociar a transição para um cessar-fogo permanente.

O rascunho deste plano prevê que, na ausência de um acordo entre as partes relativamente ao período pós-trégua, o cessar-fogo possa ser prolongado até que tal entendimento seja alcançado.

Entretanto, a guerra israelita na Faixa de Gaza provocou já um total de 59.000 mortos palestinianos, segundo informou hoje, em comunicado, o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.