
A situação que se vive na Faixa de Gaza é para lá de inimaginável. Apenas as imagens de bebés e crianças esqueléticas nos braços das mães que chegam da Palestina fazem o mundo ter um vislumbre da tragédia humanitária que está a acontecer diante dos nossos olhos.
Devido ao bloqueio israelita à entrada de ajuda, bloqueio esse que Israel rejeita, a ONU e as associações humanitários não conseguem dar resposta às necessidades e a fome espalha-se.
É um cenário que poucos podem imaginar. Mercados sem comida, equipas humanitárias que não conseguem dar resposta à população de Gaza, doenças a espalharem-se e hospitais repletos de crianças em estados de desnutrição extremos que acabam por sucumbir.
Com recipientes nas mãos e desespero marcado no rosto na esperança vã de conseguir comida, a luta por comida da população em Gaza é praticamente infrutífera no meio de negociações que não chegam a bom porto.
Dezenas de pessoas, a maioria crianças, estão a morrer diariamente de desnutrição desde o início do conflito em outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde palestino. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) diz que "todo o sistema humanitário está a entrar em colapso". Philippe Lazzarini diz que a equipa da linha de frente da UNRWA está a desmaiar de fome enquanto tenta dar resposta à população de Gaza.
No meio da tragédia, a esperança de um cessar-fogo diminui a cada dia que passa com o fracasso das negociações. Entretanto, estas são as imagens chocantes e impossíveis de ignorar, de uma guerra em que as principais vítimas são as crianças, inocentes, numa guerra que não escolheram.