De acordo com o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), vários associados reportaram queixas de lentidão e bloqueio do sistema informático dos tribunais, algo que o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) confirmou à Lusa, através do Ministério da Justiça (MJ), afirmando estar identificada "uma falha" no operador MEO, que assegura a rede de dados dos tribunais, incluindo o sistema redundante.

A falha foi identificada na passada sexta-feira, explicou o IGFEJ, e está a "provocar lentidão no tráfego de dados", mas sem perda de informação associada.

"O IGFEJ já tem em curso um procedimento [no âmbito do] Programa de Recuperação e Resiliência (PRR)", o que "está já em fase de contratação" e que "visa não depender apenas de uma operadora de telecomunicações para o circuito normal e para o circuito redundante", explicou o MJ.

Segundo dados do IGFEJ, o novo contrato vai permitir triplicar a capacidade de rede para os 884 sites da Justiça e duplicar a capacidade para os dois centros de dados.

"Este novo contrato não só é essencial para dotar a rede de redundância e maior rapidez, como é imprescindível para que o investimento efetuado no âmbito do PRR na securitização da rede, na renovação dos equipamentos de rede (1500 switches) e de pontos de acesso Wi-fi (6.000 pontos de acesso) produza efeitos e tenha ganhos consideráveis. Permitirá evitar os constrangimentos de rede sentidos desde sexta-feira, por dependermos de um circuito de fibra, de um único operador", referiu o IGFEJ.

IMA // FPA

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