Um grupo de eurodeputados exigiu hoje esclarecimentos sobre a repressão no Egito e deportação de pessoas que protestavam contra a ocupação israelita na Faixa de Gaza, e pediu respeito pelos direitos humanos destes manifestantes.

Em causa está a "deportação e os maus-tratos de cidadãos, incluindo de países da União Europeia, por parte das autoridades egípcias nos últimos dias", enquanto participavam no protesto "Marcha Global até Gaza".

"Milhares de ativistas de todo o mundo viajaram para o Egito para participar no protesto e desde que chegaram houve relatos de detenções, assédio físico, rejeições injustificadas de entrada [no país], passaportes e telemóveis confiscados", denunciaram os europarlamentares dos Verdes Tineke Strik, eleito pelos Países Baixos, e Mounir Satouri, de França, relator para o Egito e presidente da subcomissão de Direitos Humanos, respetivamente.

Os eurodeputados alertaram que, de acordo com o Artigo 2.º do acordo de associação entre a União Europeia e o Egito, as autoridades do Cairo têm de "respeitar os princípios democráticos e direitos humanos fundamentais".

Os dois eleitos ecologistas recordaram que recentemente, os 27 do bloco comunitário e o Egito decidiram aprofundar a parceria, assentando o acordo no "respeito mútuo, confiança e compromissos com os direitos humanos".

"Apelamos às autoridades egípcias que cumpram estes compromissos e assegurem o respeito pelos direitos humanos de todas as pessoas que estão sob esta jurisdição", sustentaram, pedindo uma "classificação sobre os incidentes recentes, o mais rápido possível".