
O Governo norte-americano adotou hoje novas sanções para impedir Teerão de obter componentes úteis para a sua indústria de defesa, em pleno conflito entre o Irão e Israel, iniciado há uma semana.
Oito organizações e um indivíduo ficam sob sanções "pelo seu envolvimento na aquisição e transbordo de equipamento sensível para a indústria de defesa iraniana", de acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (EUA).
"Os Estados Unidos continuam empenhados em frustrar qualquer esforço do Irão para adquirir tecnologias, componentes e dispositivos sensíveis de dupla utilização [civil e militar] que sustentem os programas de armamento do regime iraniano", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, citado no comunicado.
Na quinta-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, tinha anunciado que, no prazo de duas semanas, irá decidir sobre uma possível intervenção militar norte-americana, ao lado do seu aliado israelita.
Hoje, o Governo dos Estados Unidos anunciou também sanções contra vários indivíduos e organizações acusados de trabalhar para financiar os rebeldes xiitas iemenitas Huthis, que são apoiados por Teerão.
Também num comunicado, a administração norte-americana referiu que as ações dos visados pelas medidas sancionatórias permitiram-lhes "gerar receitas significativas através da venda de petróleo e outros produtos no mercado negro do Iémen e envolver-se em operações de contrabando em portos controlados pelos Huthis".
As sanções económicas resultam no congelamento de bens detidos nos Estados Unidos pelos indivíduos e pelas entidades visados.
Esta iniciativa do Departamento do Tesouro proíbe também as empresas com sede nos EUA e os cidadãos norte-americanos de fazerem negócios com organizações e indivíduos alvos de sanções, sob o risco de também serem afetados.