
O secretário Regional de Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, dirigiu, hoje, à presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, "na qualidade de representante de todos os parlamentares eleitos", uma comunicação formal na qual "expressa o seu lamento e apresenta as suas desculpas pelo sucedido durante a sessão parlamentar da passada terça-feira, ocorrida no âmbito da discussão do Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2025 (ORAM 2025)".
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Na missiva enviada a Rubina Leal, Eduardo Jesus sublinha que "não teve, em momento algum, a intenção de ofender as senhoras e os senhores deputados nem a própria Instituição parlamentar, reiterando o seu respeito pelo papel e função da Assembleia Legislativa".
O governante refere ainda que os seus apartes "decorreram da tensão gerada pelo entusiasmado debate político, que se desenvolve de forma, naturalmente, acalorada naquele contexto".

Refira-se que, numa primeira reação ao sucedido, no passado dia 17 de Junho, o secretário regional justificou o uso de termos como "gaja", "bardamerda" e "palhaço-mor", dirigidos a três deputadas da oposição (Sílvia Silva e Sancha Campanella do PS e Rafael Nunes, do JPP), com o argumento de que os mesmos "estão no dicionário" e que "o ambiente parlamentar tem características próprias" e que são "apartes".
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A deputada Sílvia Silva foi, de resto, a única visada que mereceu uma explicação por parte de Eduardo Jesus. O secretário lamentou que "por uma qualquer intenção, isolou-se uma reacção da causa dessa reacção", alertando que "a deputada em apreço tinha feito uma afirmação" que considera "grave".
As polémicas declarações do secretário com a tutela do Turismo, Ambiente e Cultura já suscitaram a condenação por parte de diversas figuras da política regional.
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