Durante a reunião do Conselho da Diáspora Madeirense, realizada, hoje, no salão nobre do Governo Regional, "foi manifestada preocupação com a insuficiência e descontinuidade das ligações operadas pela TAP entre a Madeira e países com expressivas comunidades madeirenses".

"A saída da companhia da rota para a África do Sul implica que os madeirenses residentes em Joanesburgo demorem mais de 14 horas a chegar à Região, escalas múltiplas e custos elevados", disse a porta-voz Joa-Anne Ferreira.

Joa-Anne Ferreira referiu ainda que foi igualmente lamentada "a supressão das ligações directas com o Canadá, que eram essenciais para a ligação com comunidades numerosas e activas.

"O Conselho defende a sua retoma urgente", referiu.

No caso da Venezuela, e conforme acrescentou, " a ligação directa Caracas-Funchal apresenta preços substancialmente superiores aos voos equivalentes com escala, dificultando a mobilidade de muitos emigrantes com laços familiares forte na Região".

O Conselho apelou "à intervenção do Governo da República e ao reforço do diálogo institucional com a TAP, para assegurar que a companhia aérea nacional cumpre o seu papel estratégico na ligação à diáspora madeirense".

A porta-voz adiantou também que o Conselho defendeu "uma maior participação cívica e política dos emigrantes, tanto nos países de acolhimento como na vida democrática da Região Autónoma da Madeira".

Neste âmbito, foi sublinhada a importância da criação de um círculo eleitoral da diáspora madeirense, previsto no Programa do Governo Regional. Esta medida permitirá que os madeirenses residentes no estrangeiro possam eleger os seus próprios representantes da Assembleia Legislativa da Madeira". Joa-Anne Ferreira

Joa-Anne Ferreira referiu que foi "igualmente destacada a necessidade de garantir o direito de voto com maior segurança, eficácia e acessibilidade". Nesse sentido, e conforme adiantou, disse que o Conselho "está empenhado em cooperar com a República para agilizar e tornar possível o voto electrónico, reconhecendo as dificuldades que o voto por correspondência continua a enfrentar devido a sistemas postais frágeis e pouco fiáveis em vários países".