Os Estados Unidos transferiram para Omã 11 iemenitas detidos na prisão militar da Baía de Guantánamo, desde a abertura, em janeiro de 2002, anunciou o Departamento de Defesa norte-americano. Os homens, que estiveram detidos durante mais de duas décadas sem serem acusados ou julgados, foram capturados na sequência dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Além disso, permaneceram detidos apesar de há anos terem sido considerados elegíveis para libertação pelos EUA, porque não puderam ser legalmente repatriados para o Iémen, que continua envolvido numa guerra civil.
A lista de prisioneiros libertados inclui Shaqawi al Hajj, que entrou por várias vezes em greve de fome para protestar contra 21 anos de detenção em Guantánamo, precedidos por dois anos de detenção e tortura sob custódia da CIA, de acordo com a organização não-governamental Centro de Defesa Constitucional.
Omã, no extremo leste da península arábica, não reconheceu ter recebido os prisioneiros. O sultanato acolheu no passado mais de duas dezenas de reclusos.
Esta transferência foi a maior durante o mandato do Presidente cessante, Joe Biden, que prometeu encerrar a prisão.
O Presidente eleito, Donald Trump, que assumirá o poder a 20 de janeiro, prometeu no primeiro mandato manter aberta a prisão na ilha de Cuba e "enchê-la de bandidos", embora não tenha enviado quaisquer prisioneiros para Guantánamo.
Atualmente, 15 homens permanecem na prisão: seis deles nunca foram acusados; três também foram libertados e aguardam transferência, e outros três aguardam libertação, de acordo com um comunicado do Centro de Defesa Constitucional.
Em de 30 de dezembro, o Pentágono anunciou ter repatriado para a Tunísia o tunisino Ridah Bin Saleh al-Jazidi, detido em Guantánamo desde a abertura da prisão.
Além de al-Jazidi, os Estados Unidos repatriaram em dezembro mais três reclusos de Guantánamo: um queniano e dois malaios.
A prisão de Guantánamo foi criada em 2002 pelo Governo dos Estados Unidos para abrigar e processar suspeitos estrangeiros após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.