
O Hamas qualificou como "chantagem inaceitável" a ordem de Israel para o corte de eletricidade à Faixa de Gaza.
"Cortar a eletricidade, encerrar passagens fronteiriças, interromper a ajuda, o socorro e o combustível e deixar morrer de fome o nosso povo constitui um castigo coletivo e um crime de guerra em toda a linha", defendeu o Hamas, em comunicado.
O ministro israelita da Energia, Eli Cohen, anunciou, numa mensagem em vídeo divulgada na rede social X, ter ordenado o corte imediato do fornecimento de eletricidade, justificando a decisão com vista à libertação de mais reféns.
Para o Hamas, Israel, está a tentar "travar o acordo [de cessar-fogo], (…) tentando impor um novo guião que sirva os seus interesses (…) à custa das vidas dos prisioneiros da ocupação [reféns israelitas] e sem ter em conta os pedidos das suas famílias".
Israel irá enviar na segunda-feira uma delegação a Doha para discutir o cessar-fogo em Gaza, a convite dos mediadores norte-americanos.
O Hamas reiterou na quinta-feira o seu compromisso com as negociações para a segunda fase do acordo de cessar-fogo.
59 reféns permanecem sequestrados pelo Hamas. Destes, Israel suspeita que 35 estejam mortos.
Com Lusa