
O Papa saiu, esta quinta-feira, pela primeira vez do Vaticano desde que esteve internado no Hospital Gemelli. Visitou uma prisão em Roma, como noutros anos, para assinalar a chamada Quinta-Feira Santa.
Desde que foi eleito em 2013, Francisco visitou prisões ou centros de refugiados em Roma e arredores, neste dia em que os católicos assinalam a Última Ceia de Cristo.
Este ano, embora não tenha participado na Missa Crismal na Basílica de São Pedro, o Papa manteve a tradição e regressou à prisão Regina Coeli, no bairro romano de Trastevere, onde já tinha estado em 2018.
"Gosto de fazer todos os anos o que Jesus fez na Quinta-feira Santa, o lava-pés, na prisão. Este ano não o posso fazer, mas posso e quero estar perto de vós. Rezo por vós e pelas vossas famílias", disse aos presos, no final da visita de cerca de meia hora.
Fez a visita em cadeira de rodas, que já usava antes de ser hospitalizado devido aos problemas de mobilidade, e foi recebido pelos diretores e funcionários da cadeia sob aplausos. De seguida, reuniu-se com um grupo de 70 reclusos.
Já no carro, depois de ter visitado a prisão, Francisco respondeu com humor aos jornalistas que lhe perguntaram como se sentia.
"Estou sentado", declarou.
Questionado como está a viver o período de Páscoa, depois do internamento, respondeu:
"Como posso. Vivo como posso."
No final da visita, o Papa regressou à Casa Santa Marta, onde vive desde que foi eleito e depois de ter recusado viver no apartamento papal no Palácio Apostólico, até aqui residência habitual do líder da Igreja Católica.
As cerimónias de Páscoa no Vaticano não vão ser presididas pelo Papa, sendo ainda uma incógnita a forma como vai participar nestas celebrações.
Esta semana esteve reunido com os médicos que o trataram durante o internamento e surpreendeu os fiéis ao aparecer na Praça de São Pedro no último Domingo de Ramos.