
A moção de censura contra a Comissão Europeia, a primeira que um executivo comunitário enfrenta em 10 anos, foi, esta quinta-feira, rejeitada por maioria no Parlamento Europeu durante o plenário em Estrasburgo, em França.
A moção de censura, a primeira do executivo de Ursula von der Leyen, foi chumbada com 360 votos contra, 175 a favor e 18 abstenções, e precisava de dois terços dos votos expressos pelos eurodeputados para ser aprovada.
A presidente da Comissão Europeia, que está em funções há seis anos, não esteve presente durante a votação.
Os eurodeputados do PCP, João Oliveira (que integra o grupo político A Esquerda), e do Chega, António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá (que faz parte do grupo Patriotas pela Europa, de extrema-direita), foram os únicos portugueses que votaram favoravelmente a queda do executivo comunitário.
A moção foi apresentada por um eurodeputado romeno, dos Conservadores e Reformistas Europeus, e recebeu o apoio de quase 80 eurodeputados.
A moção deve-se à ocultação de mensagens entre a presidente da Comissão e o administrador da farmacêutica Pfizer, por causa da aquisição de vacinas contra a covid-19, em 2021.