O secretário da Defesa dos Estados Unidos alegou que os 'media' têm divulgado declarações de "ex-funcionários descontentes" do Pentágono para "arruinar a sua reputação", depois de revelações de partilha de informações confidenciais.

Os 'media' norte-americanos divulgaram que Peter Hegseth partilhou pormenores sobre ataques das Forças Armadas dos EUA contra rebeldes do Iémen, na plataforma de mensagens Signal, depois de o secretário de Estado de Defesa já ter estado envolvido numa outra polémica sobre a inclusão de um jornalista num canal da mesma plataforma com informações do mesmo teor.

"Não vão trabalhar comigo porque estamos a mudar o Departamento de Defesa, devolvendo o Pentágono aos combatentes. E as difamações anónimas de antigos funcionários descontentes são notícias velhas; não importam", defendeu Hegseth, numa cerimónia na Casa Branca.

O chefe do Pentágono afirmou ainda que mantém o apoio do Presidente Donald Trump e "está muito orgulhoso do trabalho" que tem vindo a realizar.

O que está em causa?

Esta segunda-feira, foi divulgado que Peter Hegseth voltou a utilizar a plataforma de mensagens Signal a partir do telemóvel pessoal para partilhar o horário dos voos de caças que deviam realizar um ataque contra os rebeldes Huthi no Iémen.

O 'chat' - intitulado "Reunião de Defesa/Equipa" - incluiu várias pessoas dos círculos pessoais e profissionais de Hegseth, incluindo a mulher, o irmão e o advogado.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o Presidente norte-americano continua a "apoiar fortemente" o secretário da Defesa, mesmo depois da divulgação destas novas mensagens no Signal.

"É isto que acontece quando todo o Pentágono trabalha contra si e contra a mudança monumental que está a tentar implementar", explicou a porta-voz da Casa Branca.

Leavitt destacou ainda o "trabalho fenomenal" que Hegseth está a fazer no comando do Pentágono e lembrou que o secretário de Defesa foi nomeado para o cargo para defender "os combatentes, os homens e as mulheres fardados que arriscam as vidas para proteger os Estados Unidos".

A porta-voz culpou os funcionários do Pentágono por "mentirem aos meios de comunicação social", argumentando que o fazem devido ao espírito reformista que Hegseth quer introduzir nas Forças Armadas.