
Paulo Cafôfo (PS) também se referiu aos imigrantes e criticou os que usam o fenómeno para benéficos políticos, em detrimento do humanismo.
Cafôfo homenageou os emigrantes madeirenses, que partiram em busca de uma vida melhor, enfrentando dificuldades como a saudade e a discriminação. A par disso, apelou à necessidade de acolher com dignidade os que hoje escolhem a Madeira para viver e trabalhar, combatendo o preconceito e a exclusão.
Na sua intervenção, o PS denunciou a cultura de demonização existente na política regional, onde a oposição é tratada como inimiga e onde o debate de ideias é substituído por insultos e descredibilização. Essa lógica de confronto, segundo o orador, alimenta também discursos xenófobos e racistas.
Por exemplo, “cubano” é muitas vezes usado na Assembleia com desprestígio.
Paulo Cafôfoc criticou o aproveitamento político da imigração como bode expiatório para os problemas sociais (como habitação e saúde), afirmando que estes decorrem antes de más decisões políticas. Realçou a contribuição positiva dos imigrantes para a economia regional e para a Segurança Social, alertando contra a desinformação e a retórica de partidos da direita e extrema-direita.
O PS concluiu com um apelo à coesão social, à inclusão, ao respeito pela diferença e à valorização da democracia plural. Defendeu uma Madeira onde todos contam, onde a autonomia serve para abrir caminhos e onde ninguém é deixado para trás.