Uma mulher de 26 anos caiu no vulcão Rinjani, na Indonésia, durante uma caminhada. O acidente aconteceu este sábado, quando Juliana Marins escorregou e caiu cerca de 300 metros, segundo o portal de notícias G1.

A mulher, que estava sozinha no momento da queda, foi avistada horas depois por turistas que estavam a passar no local e utilizaram um drone para a localizar.

As imagens, que mostram a brasileira numa zona de difícil acesso, foram posteriormente divulgadas nas redes sociais, ajudando a informação a chegar até a família que se encontra no Brasil.

Inicialmente, as autoridades indonésias, bem como a Embaixada do Brasil em Jacarta, divulgaram que Juliana teria recebido comida, água e roupa por parte da equipa de resgate, após 16 horas de operação. Contudo, a família de Juliana já veio desmentir essas informações.

" Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipa de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade", contradisse Mariana Marins, irmã de Juliana.

Mariana Marins alertou também que os vídeos que circulam nas redes sociais, do suposto momento do resgate, são falsos.

"Todos os vídeos são falsos, inclusive o do resgate. O vídeo foi manipulado para parecer isso, com uma mensagem associada", admitiu a irmã.

Buscas suspensas e críticas ao Governo brasileiro

Após mais de 30 horas de espera, as buscas por Juliana foram oficialmente suspensas no final da manhã deste domingo devido às condições climáticas adversas.

A família de Juliana tem expressado grande apreensão, uma vez que, além da falta de informações concretas, as autoridades locais não conseguiram chegar até ela.

À TV Globo, o pai de Juliana fez duras críticas à atuação das autoridades brasileiras, revelando que a família não recebeu apoio da Embaixada do Brasil na Indonésia.

"A embaixada não está a dar apoio. O Governo brasileiro também não está a ajudar. Ela está sozinha há mais de 36 horas e ninguém parece se importar, a não ser os familiares e amigos", desabafou.

O que sabe até agora?

A brasileira estava a viajar pela Ásia desde fevereiro e já tinha passado pelas Filipinas, Vietname e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

No momento do acidente, Juliana integrava um grupo de cinco pessoas, acompanhado por um guia local, mas no segundo dia a brasileira decidiu parar por estar demasiado cansada para continuar.

A partir desse momento, Juliana ficou sozinha e, de acordo com as informações recebidas pelos familiares, ninguém voltou a acompanhá-la até o momento da queda, explicou a irmã aos órgãos de comunicação brasileiros.