A polícia confirmou esta manhã a morte de uma mulher em Ramat Gan, na área metropolitana de Telavive.

"Várias pessoas [feridas] com diferentes graus de gravidade foram retiradas do local. Uma mulher foi declarada morta no local", escreveu a polícia israelita, na plataforma de mensagens Telegram.

Vários órgãos de comunicação israelitas, como os jornais Times of Israel e Jerusalem Post, avançaram também com a morte de uma mulher que estava em estado crítico após um outro ataque, contra um edifício de 32 andares em Telavive, na sexta-feira.

O último comunicado público do serviço de emergência israelita Magen David Adom (MDA) lista 34 feridos, dois deles em estado crítico.

Os meios de comunicação israelitas noticiaram que o número de feridos devido aos ataques aéreos iranianos subiu para 63, citando o MDA, embora o serviço de emergência não tenha feito até ao momento uma atualização pública.

O Irão iniciou na noite de sexta-feira uma nova vaga de ataques contra Israel, informaram as autoridades israelitas e a televisão estatal iraniana, sendo audíveis explosões e sirenes de alarme em Jerusalém.

Esta é a terceira vaga de mísseis balísticos iranianos desde que Israel iniciou, na madrugada de sexta-feira, uma ofensiva militar contra o Irão, com bombardeamentos a instalações militares e nucleares, em que morreram 78 pessoas e 320 ficaram feridas, segundo a diplomacia iraniana.

Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).

O Irão retaliou, lançando na noite de sexta-feira, centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre os céus das cidades de Telavive e Jerusalém.

O ataque israelita ocorreu dois dias antes de uma nova ronda de negociações indirectas, agendada para domingo, em Omã, entre Teerão e Washington sobre o programa nuclear iraniano, e cuja realização é agora incerta.

O Irão é acusado pelo Ocidente e por Israel de procurar armas nucleares. Teerão nega e defende o direito de desenvolver um programa nuclear civil.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou na sexta-feira ao Irão e a Israel para que reduzam a tensão e cessem as hostilidades, após várias trocas de ataques aéreos entre os dois países.

"Bombardeamento israelita de instalações nucleares iranianas. Ataques com mísseis iranianos a Telavive. Chega de escalada, é tempo de parar. A paz e a diplomacia devem prevalecer", disse Guterres, na rede social X.

No entanto, oprimeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já avisou que "mais coisas virão", enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, denunciou uma "declaração de guerra".

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