
Um dos Boeing E-4 da Força Aérea norte-americana fez esta semana uma escala numa base perto de Washington, o que fez equacionar se, com a escalada de tensão com o Irão, estará relacionada com um ataque àquele país.
O Boeing, conhecido como 'avião do fim do mundo' ou 'Pentágono voador', voou na terça-feira do estado da Louisiana para a base aérea de Andrews, nos arredores da capital federal, que serve como ponto de partida para os voos de longa distância do Presidente dos Estados Unidos, segundo mostram 'sites' de rastreamento aéreo.
A operação desencadeou especulações sobre os preparativos para uma escalada da violência entre os Estados Unidos e o Irão, país que o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou estar a considerar atacar, para impedir que conclua o processo de criação de uma bomba nuclear.
O E-4, uma versão altamente modificada do Boeing 747, serve como centro de operações aéreas para o Presidente, o secretário da Defesa e o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, num cenário de emergência bélica que inclui ataques nucleares.
Teoricamente, o E-4 é capaz de resistir a explosões atómicas, ataques com ondas de impulso eletromagnético ou ciberataques.
O avião, que pode ser reabastecido de combustível em pleno voo, foi tecnicamente projetado para permanecer no ar durante uma semana inteira.
A aeronave "fornece um centro de comando, controlo e comunicações com alta capacidade de sobrevivência para dirigir as forças norte-americanas, executar ordens de guerra de emergência e coordenar as ações das autoridades civis", segundo explica a Força Aérea.
O 'site' da Internet de seguimento de voos Snopes assegurou que o E-4 que aterrou na base militar de Andrews voou no dia seguinte para o estado do Nebrasca e que uma fonte militar garantiu que se tratou de uma "operação de rotina", não-relacionada com a situação no Irão.
Israel lançou na madrugada de 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.
Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordow, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
As autoridades da República Islâmica indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 232 mortos e 1.800 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas em território israelita.