Um dos Boeing E-4 da Força Aérea norte-americana fez esta semana uma escala numa base perto de Washington, o que fez equacionar se, com a escalada de tensão com o Irão, estará relacionada com um ataque àquele país.

O Boeing, conhecido como 'avião do fim do mundo' ou 'Pentágono voador', voou na terça-feira do estado da Louisiana para a base aérea de Andrews, nos arredores da capital federal, que serve como ponto de partida para os voos de longa distância do Presidente dos Estados Unidos, segundo mostram 'sites' de rastreamento aéreo.

A operação desencadeou especulações sobre os preparativos para uma escalada da violência entre os Estados Unidos e o Irão, país que o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou estar a considerar atacar, para impedir que conclua o processo de criação de uma bomba nuclear.

O E-4, uma versão altamente modificada do Boeing 747, serve como centro de operações aéreas para o Presidente, o secretário da Defesa e o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, num cenário de emergência bélica que inclui ataques nucleares.

Teoricamente, o E-4 é capaz de resistir a explosões atómicas, ataques com ondas de impulso eletromagnético ou ciberataques.

O avião, que pode ser reabastecido de combustível em pleno voo, foi tecnicamente projetado para permanecer no ar durante uma semana inteira.

A aeronave "fornece um centro de comando, controlo e comunicações com alta capacidade de sobrevivência para dirigir as forças norte-americanas, executar ordens de guerra de emergência e coordenar as ações das autoridades civis", segundo explica a Força Aérea.

O 'site' da Internet de seguimento de voos Snopes assegurou que o E-4 que aterrou na base militar de Andrews voou no dia seguinte para o estado do Nebrasca e que uma fonte militar garantiu que se tratou de uma "operação de rotina", não-relacionada com a situação no Irão.


Com LUSA