O veterano do Exército que conduziu uma carrinha contra uma multidão nos festejos de Ano Novo em Nova Orleães agiu sozinho, afirmou esta quinta-feira o FBI, invertendo a sua posição de que possivelmente tinha coordenado o ataque com outras pessoas. O FBI revelou ainda que Shamsud-Din Jabbar, cidadão norte-americano do Texas, publicou cinco vídeos na sua conta de Facebook nas horas anteriores ao ataque em que proclamava o seu apoio ao Estado Islâmico (EI).
"Este foi um ato de terrorismo. Foi premeditado e um ato maligno", disse Christopher Raia, vice-diretor da divisão de contraterrorismo do FBI, considerando que Jabbar foi "100% inspirado" pelo Estado Islâmico neste ataque no bairro francês da cidade norte-americana.
O ataque ao longo da Bourbon Street matou 14 pessoas, juntamente com Jabbar, que foi abatido num tiroteio com a polícia depois de conduzir a sua carrinha a alta velocidade, contornando uma barricada e chocando contra a multidão. Foi o ataque mais mortífero inspirado pelo EI em solo norte-americano em vários anos, revelando o que as autoridades federais alertaram ser uma ameaça ressurgente do terrorismo internacional.
Ocorreu também numa altura em que o FBI e outras agências de segurança se preparam para uma mudança de liderança - e prováveis mudanças políticas - após a tomada de posse da administração do Presidente eleito Donald Trump.
Procurando amenizar as preocupações sobre conspirações mais amplas, Raia enfatizou que não há qualquer indicação de uma ligação entre o ataque em Nova Orleães e a explosão na quarta-feira de uma carinha Tesla com explosivos à porta do hotel de Trump, em Las Vegas. O militar que estava dentro dessa viatura, um boina verde condecorado, sofreu um ferimento de bala na cabeça antes da explosão e uma arma foi encontrada aos seus pés dentro do veículo carbonizado, adiantaram as autoridades.