O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ansião, José Antunes, confirmou, à SIC, que uma sétima pessoa morreu na sequência de uma chamada em espera "durante 28 minutos" para Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).
Na última segunda-feira, um homem de 95 anos estava a preparar o jantar em casa quando se sentiu mal e desmaiou. A mulher, em pânico, pediu ajuda aos vizinhos e um deles tentou ligar para o 112, mas não obteve resposta. Desesperado, entrou no carro e dirigiu-se ao quartel dos bombeiros para pedir socorro.
Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram o telefone ainda em ligação com o 112, em espera há 28 minutos. O óbito foi declarado no local.
Luís Montenegro admitiu esta quarta-feira uma "situação grave" no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), de necessidade do reforço da resposta. Em declarações aos jornalistas o primeiro-ministro garantiu que o seu Executivo está "empenhado em poder, muito rapidamente, evitar com os técnicos de emergência pré-hospitalar a greve que está em curso".
O INEM anunciou quarta-feira medidas de contingência para otimizar o funcionamento dos centros de orientação de doentes urgentes (CODU), como a criação de uma triagem de emergência para chamadas com espera de três ou mais minutos.
As medidas do INEM enquadram-se numa estratégia para melhorar a resposta, na sequência dos atrasos de atendimento.
A falta de técnicos de emergência pré-hospitalar, conjugada com a greve destes profissionais às horas extraordinárias sem fim previsto, está a gerar graves atrasos no atendimento das chamadas do 112.