
Um homem fardado de polícia assassinou este sábado Melissa Hortman, representante democrata do estado do Minnesota, no norte dos Estados Unidos, e o seu marido Mark, na casa de ambos em Minneapolis, num ato de "violência política dirigida", lamentou o governador daquele estado, Tim Walz, de acordo com o "The New York Times".
Num ataque separado, o mesmo atirador feriu outro político democrata, o senador estadual John A. Hoffman, e a sua mulher Yvette, que foram atingidos com vários disparos. A polícia, que ainda não deteve o atirador, revelou que o carro do assassino tinha um manifesto político e uma lista de alvos com nomes de pessoas, incluindo os dois legisladores que foram atingidos.
A polícia foi chamada por volta das 2h da manhã locais, depois do tiroteio na casa do senador Hoffman em Minneapolis. Quando depararam com o senador e a mulher feridos, os agentes decidiram ir à casa da representante Melissa Hortman, que não ficava longe, onde encontraram o casal morto e o suspeito, com quem trocaram disparos, antes de este se pôr em fuga.
O presidente Donald Trump condenou o ataque e prometeu processar “até ao limite da lei” que estiver envolvido, reconhecendo que “o ataque foi dirigido contra legisladores estaduais” e garantindo que “violência tão horrível não será tolerada nos Estados Unidos”.
No mesmo sentido, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que "esta terrível violência política não será tolerada e será processada na extensão máxima da lei", acrescentando que a polícia federal, o FBI, estava no local a trabalhar em conjunto com as autoridades da região.
Representante democrata durante cerca de 20 anos, Melissa Hortman, que foi líder da maioria progressista no Congresso estadual do Minnesota - o correspondente a líder parlamentar dos democratas -, contribuiu para a aprovação de leis que alargaram os direitos ao aborto, legalização da marijuana e baixas médicas, quando os liberais tinham o controlo do Governo daquele estado.
Este ataque ocorre num dia marcado por mais de duzentas manifestações em todo o país, incluindo em Los Angeles, com muitas delas convocadas sob o lema “Sem reis”, uma crítica direta às políticas do presidente Donald Trump. Contudo, a marcha marcada para Minneapolis foi cancelada depois de ter sido decretada um ordem de confinamento, emitida em resposta ao tiroteio, e às crescentes preocupações com a segurança.
Embora o evento tenha sido suspenso na cidade afetada, as manifestações continuam a decorrer noutros pontos do país, refletindo o clima de crescente tensão política e polarização social.