
No total, 22 pessoas foram mortas e pelo menos 43 ficaram feridas em ataques russos nas regiões ucranianas de Zaporijia (sul) e Dnipropetrovsk (centro), esta madrugada, de acordo com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Na região de Zaporijia, uma série de bombardeamentos contra uma infraestrutura prisional causou 16 mortos e 35 feridos, escreveu na plataforma Telegram o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Iermak, que denunciou “mais um crime de guerra cometido pelos russos”.
Três outros ataques na região de Dnipropetrovsk causaram pelo menos quatro mortos e oito feridos, indicou o chefe da administração regional, Sergiï Lysak, também no Telegram.
Esses ataques com ‘drones’ explosivos e bombas guiadas visaram as comunidades de Mezhyivska, Dubovykivska e Slovianska, ainda de acordo com o responsável.
“Todas as mortes do nosso povo pelos russos, todos os ataques russos – numa altura em que um cessar-fogo já poderia estar em vigor há muito tempo, não fosse a recusa da Rússia – tudo isto mostra que Moscovo merece uma pressão de sanções muito dura, verdadeiramente dolorosa e, portanto, justa e eficaz. Têm de ser obrigados a parar com a matança e a fazer a paz”, escreveu Zelensky na rede social X (antigo Twitter). “A paz é possível, mas apenas quando a Rússia parar a guerra que começou e parar de atormentar o nosso povo.”
Na Rússia, uma pessoa foi morta esta madrugada na região de Rostov (sudoeste) por um ataque de ‘drones’ ucranianos, anunciou o governador regional, Iouri Sliousar.
Este ataque visou as áreas de Salsk, Kamensk-Chakhtinsky, Volgodonsk, Bokovsky e Tarasovsky, especificou Sliousar no Telegram.
Em Salsk, “um carro foi danificado na rua Ostrovsky” e “o motorista morreu”, escreveu.
Além deste ataque, destroços de ‘drones’ caíram sobre a estação ferroviária de Salsk, danificando um comboio de passageiros e outro de mercadorias, sem causar feridos, informaram os caminhos-de-ferro russos.
Ontem, ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia, Donald Trump anunciou: “Vou reduzir aquele prazo de 50 dias [para um cessar-fogo] que dei [à Rússia] para um número menor. Estou a estabelecer um novo prazo de cerca de 10 ou 12 dias a partir de hoje. Não há razão para esperar. Não vemos qualquer progresso.”
O republicano também ameaçou Moscovo com novas tarifas, de “cerca de 100%”, caso não exista paz no final do novo período definido pela Casa Branca.