
Apenas 19% das casas em Portugal têm seguro com cobertura de risco sísmico, de acordo com os dados divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), numa semana em que foi registado um sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter, sentido, sobretudo, na grande Lisboa.
Segundo a mesma entidade, 53% das habitações têm seguro, sendo que 34% delas possuem seguro de incêndio ou multirriscos, mas sem cobertura para risco sísmico.
"Portugal encontra-se numa zona sísmica", quer isto dizer que "não estamos perante uma mera incerteza, mas sim perante um verdadeiro risco, de ocorrência certa, em momento incerto", lê-se no site da APS.
A associação recordou, ainda, que já apresentou ao Governo e ao Parlamento "uma solução estruturada e integrada de proteção de pessoas e habitações em caso de ocorrência" de terramoto, "mas enquanto esse sistema não é criado", aconselha a quem tem casas avaliar a hipótese de incluir um seguro com cobertura sísmica.
Recorde-se que esta segunda-feirafoi registado um sismo de 4,7 na escala de Richter, pelas 13:24, com epicentro a cerca de 14 quilómetros a sudoeste do Seixal, distrito de Setúbal, e sentido com intensidade máxima em Sintra (Lisboa) e Almada (Setúbal) e com menor intensidade nalguns concelhos da região Centro ao Algarve.
Um dia depois, na terça-feira, o IPMA registou duas réplicas do sismo ocorrido na segunda-feira com epicentro próximo do Seixal.
Também na madrugada desta quarta-feira, o IPMA registou dois sismos, um com magnitude de 2,8 na escala de Ritcher e outro de 2,9, ambos com epicentro a cerca de 20 quilómetros a nordeste de Silves.
Já no ano passado, pelas 05:11 do dia 26 de agosto, foi sentido um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter, ao largo de Sines, um abalo que também foi sentido em Espanha.