"Vamos instar as autoridades dos Estados Unidos para que encontrem formas legais de bloquear esta iniciativa", declarou Witold Banka, à margem de um encontro de organismos do movimento olímpico.

Segundo Banka, esta iniciativa visa "normalizar o uso de drogas potencialmente perigosas", e "deve ser parada", pelas implicações éticas que acarreta para atletas, médicos e o próprio desporto.

Os organizadores dos 'Enhanced Games', agendados para maio do próximo ano, prometem bónus milionários a quem bater recordes do mundo com o recurso a substâncias proibidas no movimento olímpico, administradas sob supervisão médica, com a venda de suplementos e outras substâncias mediante plano de subscrição ao público em geral.

É a terceira vez que a AMA rechaça o projeto, depois de o ter feito em 2024 e, já este ano, em março, tendo a companhia de vários outros organismos, como a World Aquatics, que rege a natação, que já disse que impedirá de competir nas suas provas quaisquer atletas, técnicos ou oficiais que tenham estado envolvidos nos 'Enhanced Games'.

"O importante é que este evento vai decorrer nos Estados Unidos, por isso há um papel forte a ser ocupado pela agência norte-americana antidopagem. (...) É um projeto muito embaraçoso" para o país que receberá os Jogos Olímpicos Los Angeles2028, acrescentou Witold Banka.

O dirigente máximo da agência norte-americana, sediada na cidade canadiana de Montreal, apelidou os Jogos Melhorados de "perigoso espetáculo de palhaços que coloca o lucro à frente dos princípios".

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Lusa/fim