Gabrielle Petito foi dada como desaparecida em setembro de 2021, pela família. A jovem de 22 anos fazia uma viagem com o noivo, Brian Laundrie. Gabby foi encontrada morta a 19 de setembro e, um mês depois, o noivo também. Brian terá deixado uma confissão escrita a assumir o homicídio de Gabby.
O caso teve muita atenção mediática e gerou um grande debate sobre violência doméstica e no namoro. A Netflix lançou, esta segunda-feira, quatro anos depois, uma série documental de três episódios com imagens inéditas sobre o caso de Gabrielle Petito, que também inclui entrevistas com investigadores e especialistas em violência doméstica.
Em 2021, a viagem de autocaravana pelos Estados Unidos da América, estava a ser documentada pelos recém-noivos nas redes sociais. Gabby tinha milhares de seguidores. No final de agosto, a jovem falou pela última vez com a família. Na altura, a 1 de setembro, o noivo voltou para a casa de ambos e recusou-se a colaborar com as autoridades.
No dia 12 de agosto, o casal teve uma discussão captada em vídeo e uma testemunha disse ter visto o rapaz a "dar uma chapada à rapariga", agredindo-a depois novamente, quando entraram no carro. A polícia do estado do Utah foi chamada a intervir.
"Tanto um como o outro disseram que estavam apaixonados e prestes a casar e que não queriam que nenhum deles fosse acusado de um crime", escreveu o polícia Daniel Robbins no relatório.
O casal foi separado durante uma noite, sem qualquer outra implicação judicial ou de registo, mas esta não terá sido a primeira vez que Gabby sofria agressões do noivo. Na série documental da Netflix, as imagens da polícia, relativas a este momento, são analisadas e é discutido qual teria sido o desfecho do caso se a polícia tivesse agido de outra forma.
Depois do encontro com a polícia, seguiram viagem, mas, no final de agosto, Gabby deixou de responder à família e o noivo regressou a casa sozinho na caravana. Uns dias depois, a família de Brian informou a polícia que não sabia onde estava o jovem desde o dia 14 de setembro.
Depois de ter sido dada como desaparecida, começaram intensivas e mediáticas buscas pela jovem, e, no dia 19 de setembro, o corpo de Gabby foi encontrado no Parque Nacional de Wyoming, perto do local onde a caravana em que viajava com o noivo tinha sido vista por turistas no final de agosto. A autópsia concluiu que Gabby foi morta por estrangulamento, entre três e quatro semanas antes do corpo ter sido encontrado.
Um mês depois, a 20 de outubro, a polícia encontrou Brian Laundrie, também morto, numa reserva natural na Florida. Os restos mortais estavam num estado de decomposição avançado e, no local, foram encontrados ainda uma mochila e um caderno. Brian suicidou-se, com um tiro na cabeça, e deixou uma confissão escrita a admitir o homicídio. Até ter sido encontrada a nota, Brian nunca foi declarado, oficialmente, suspeito na morte de Gabby. No entanto, era considerado "pessoa de interesse" e era procurado por ter usado o cartão bancário da namorada quando ela já estava morta.
A série documental "Homicídio nos EUA Gabby Petito" já está disponível na Netflix e promete expor o que aconteceu nos últimos dias de vida da jovem.