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Na semana passada, o vulcão Etna, na ilha italiana de Sicília, entrou em erupção. Agora, milhares de turistas estão a subir o Monte Etna para ver a lava e as explosões do vulcão, acabando por bloquear as ruas e a impedir que os serviços de socorro e emergência cheguem a quem precisa de assistência.
O chefe regional da Proteção Civil da Sicília, Salvo Cocina, descreveu o turismo dos últimos dias no Etna como "uma cena selvagem com carros a lotarem estradas estreitas, um congestionamento de trânsito… e os veículos de resgate incapazes de passar", disse, segundo o The Guardian.
"À medida que escurece, a situação torna-se extremamente perigosa, com riscos crescentes de quedas e de pessoas que se afundam na neve", acrescentou.
Na segunda-feira, oito pessoas, incluindo dois menores de idade, perderam-se durante uma excursão e só foram localizados horas depois. No domingo, um homem de 48 anos sofreu uma fratura no pé devido a uma queda. Quatro outras pessoas já tinham desaparecido na noite anterior.
Os bombeiros foram chamados para ajudar os habitantes locais e conter o fluxo de turistas da Sicília e de outros países pelas ruas sobrelotadas. Os presidentes das câmaras das cidades nas encostas do vulcão ordenaram aos visitantes que se mantivessem a pelo menos 500 metros do rio de lava, regra que tem sido constantemente quebrada.
"Vi muitas fotografias e vídeos de pessoas perigosamente próximas da frente, mesmo a esquiar. (...) Apesar de ser algo visualmente impressionante, expõe estas pessoas a sérios riscos, uma vez que a lava, ao interagir com a neve, pode vaporizá-la instantaneamente e, com a energia térmica libertada, pode atirar violentamente fragmentos ou pedras", disse Carlo Caputo, o presidente da Câmara de Belpasso, uma cidade próxima.
O vulcão Etna, na ilha da Sicília em Itália, é o vulcão mais ativo da Europa e um dos mais ativos do mundo.