O CS Marítimo tem praticamente tudo acertado com a 'Taué Partners', 'XP Investimentos e Revee' para alienação a este grupo de investidores brasileiros de 40% do capital social da SAD.

Conforme o DIÁRIO tinha avançado, em primeira mão, na edição de segunda-feira passada, este tinha sido um dos investidores com quem o Marítimo vinha a negociar. E, depois de ainda ter existido contactos com outros grupos, é com este grupo brasileiro que a Direcção verde-rubra tem praticamente tudo acordado.

No âmbito do negócio, e numa primeira fase, a Taué Partneres adquire 40% do capital social da SAD por 15 milhões de euros, mas, em caso de subida à I Liga, os investidores têm a opção de compra de mais 11% das acções por 4, 5 milhões de euros, ficando, deste modo, com a maioria da sociedade (51%). No caso do Marítimo atingir uma prova europeia, o grupo pode adquirir mais 9% das acções por 3, 5 milhões de euros, atingindo o máximo de 60% do capital social da SAD, num negócio que pode chegar aos 23 milhões de euros.

Será esta a proposta que o Marítimo vai levar aos seus associados em Assembleia Geral, a realizar-se em Julho (provavelmente a 18 de Julho, conforme já avançamos anteriormente), de forma aos sócios verde-rubros apreciarem a proposta e votarem de forma a aprovar ou a reprovar esta mesma proposta. A ser aprovada, o Marítimo manterá, no minino, 32% das acções (há ainda 8% nas mãos de pequenos accionistas) e terá sempre um administrador nomeado pelo clube com direito de veto.

Quem é a Tauá Partners e a XP Investimentos?

Mas quem é a Tauá Partners? Trata-se de uma fundação criada em 2017 em São Paulo, especializada em gestão e reestruturação empresarial, que lidera o projecto da SAF (SAD no Brasil) da Portuguesa de Desportos de São Paulo, em parceria com a XO Investimentos e Revee. Um dos fundadores do grupo, Marco Aurélio Barreto, foi gestor no JP Morgan e Banco Património.

Refira-se que este grupo encontrou a Portuguesa numa situação financeira muito difícil a situação, mas com a "missão factível de reerguer o clube", de acordo com André Berenguer, presidente-executivo do conselho do clube e responsável pela reestruturação financeira. Situação que não tem sido fácil por questões burocráticas relacionadas com a SAD. A Portuguesa está na Serie D do Brasileirão.

Já a XP Investimentos, parceira do grupo, foi fundada em 2001 e é a maior correctora independente do Brasil, com forte expansão internacional, nomeadamente em Nova York, Miami e Genebra. No futebol é o suporte financeiro da Tauá e Revee na SAD da Portuguesa de Desportos.

A Revee, por seu turno, é a empresa responsável pela construção do Estádio do Palmeiras (a Allianz Parque) e lidera o projecto de modernização do Canindé (mitico estádio e complexo da Portuguesa), e ainda com o foco em operações de infraestrutura e eventos societários.