Subir as escadas da galeria comercial do edifício do Hotel Florida é começar uma viagem no tempo e no espaço. Depois, ao cruzar as portas do restaurante somos transportados para os Estados Unidos da América dos anos 50 do século passado. As napas coloridas e o néon nas paredes remetem para um imaginário cinematográfico. A música, da mesma época, remata o cenário. O The Great American Disaster, aberto desde 1981, é um regresso ao passado, a uma Lisboa que, nessa época, se surpreendia com a chegada deste tipo de restaurante.

The Great American Disaster
The Great American Disaster Sergio López Photo

Hoje a surpresa é menor, apenas mantém a vista privilegiada para a Praça do Marquês de Pombal, mas continua essencialmente a ser uma casa de portugueses que gostam “deste tipo de serviço honesto, feito com calma, com atenção aos gostos de cada cliente e com redobrada dedicação aos que são habituais”, diz Pedro Cardoso, Diretor Geral do Hotel Flórida, proprietário do restaurante. Por este espaço já passaram várias gerações das mesmas famílias, e é até frequente ver “avós, pais e netos a fazerem uma refeição juntos".

The Great American Disaster
The Great American Disaster Expresso

Pedro Cardoso nasceu no ano em que o The Great American Disaster abriu, e está no grupo há quase uma década. Conhece bem a história do restaurante e recorda que “a decoração que hoje temos é de 2006, antes parecia mais um saloon”, conta. Frequentado pelas elites lisboetas, “da política às artes, nos primeiros anos de abertura”, a história do The Great American Disaster cruza-se "com a do Expresso, quando a redação era na Rua Duque de Palmela, e muitas entrevistas e tempos de espera eram passados nesta sala”, assinala. Não consegue fazer contas a quantos hambúrgueres já aqui foram servidos, mas “tendo em conta que nos meses de dezembro compramos uma tonelada de carne, dava para fazer várias vezes uma linha reta desta especialidade de Portugal até aos Estados Unidos”, garante.

The Great American Disaster
The Great American Disaster Expresso

Estatisticamente, o hambúrguer “Kiss Kiss” (€11,50), com bacon, queijo Cheddar e molho barbecue é o mais pedido. Mas o preferido dos clientes é o “Cheesy Gonzalez” (€13,90), com queijo Cheddar, chilli, bacon, cebola caramelizada e ovo estrelado. Há ainda o “Gringo Go Home” (€10,20), com feijão, carne picada e molho chilli, o “Cream Cadillac” (€10,30), que leva molho de natas e cogumelos laminados frescos, e o “John Mustard” (€10,20) com molho de duas mostardas, mel, natas e pimenta. Idealmente, a refeição começa com “Aros de cebola com Cheddar” (€4,15), ou com “Maçaroca de milho assada com manteiga” (4,50).

Para “gostos mais portugueses”, Pedro Cardoso recomenda os bifes, com 200 gramas de carne Angus, como o “Juicy Bet” (€14,50), simplesmente grelhado, o “Cream Cadillac” (€15,50) guarnecido com molho de natas e cogumelos laminados frescos, ou o “John Mustard” (€15,50), também com molho de duas mostardas, mel, natas e pimenta.

The Great American Disaster
The Great American Disaster Sergio López Photo

Para acompanhar os hambúrgueres ou as pizzas, no The Great American Disaster (Praça Marquês de Pombal, 1, Lisboa. Tel. 213161266) há Milkshakes como o “Nasty Vanilla” (€6), o “Chocolate Heaven” (€6,20), ou o “Peanuts Baby” (€6,20), sendo que todos os gelados são feitos com gelados Artisani e estão disponíveis sem lactose. Termine com a “Grandma’s Pie” (€5,90) a famosa tarte de maçã com gelado de nata e canela. Aberto das 12h00 às 23h30, encerra apenas no dia de Natal e a 1 de janeiro.

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