As alterações climáticas têm provocado fenómenos extremos por todo o globo e Portugal não tem ficado indiferente aos seus impactos. A escassez de recursos hídricos é já uma realidade no sul do país e embora a política da água seja de “responsabilidade nacional”, a Europa pode ajudar na sua gestão.
“Não precisamos de legislação, mas precisamos de uma estratégia”, disse Maria da Graça Carvalho, apontando que a água também tem de ser “prioridade no financiamento europeu”. Não obstante a importância do papel da Europa, o Governo já está a pôr em prática medidas para garantir a disponibilidade de recursos hídricos: levar água do Guadiana para o Algarve, avançar com a instalação de uma dessalinizadora, com a Barragem do Pisão e uma outra na zona de Viseu são algumas das iniciativas.
Embora os recursos naturais estejam no topo das prioridades, a utilização de tecnologias e a “simplificação de procedimentos” são também cruciais para auxiliar os agricultores. Foram recentemente aprovadas medidas para “simplificar os licenciamentos das energias renováveis”, mas falta ainda dar passos para que o licenciamento ambiental se torne “mais simples e célere”.
Para os agricultores, as iniciativas são “um sinal de esperança” face ao “extremismo verde” que contempla o ambiente, mas deixa de parte a rentabilidade da atividade, disse Henrique Silvestre Ferreira. O presidente da AJAP reforçou a importância da “desburocratização e de um caminho verde do licenciamento” para que os profissionais do sector possam aceder aos recursos, lembrando que agricultura e ambiente andam de mãos dadas.
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