
A atividade no setor da Construção Civil e Obras Públicas registou uma tendência de estabilização no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do inquérito promovido pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). De acordo com os resultados, 63% das empresas indicaram que a sua atividade global se manteve estável, representando um ligeiro acréscimo face aos 60% verificados no último trimestre de 2024.
Cerca de 30% das empresas inquiridas assinalaram ainda um crescimento da sua atividade, valor que mantém a tendência do trimestre anterior, quando 29% das empresas expressaram uma perspetiva de evolução positiva.
Apesar deste enquadramento, persistem desafios estruturais no setor. A escassez de mão de obra especializada mantém-se como o principal constrangimento à atividade, tendo sido reportada por 86% das empresas do segmento das obras privadas e por 75% das que operam em obras públicas. Este défice de recursos humanos é considerado um entrave à capacidade de resposta das empresas e ao normal desenvolvimento dos projetos.
A pressão dos custos continua também a marcar o setor. O preço das matérias-primas foi identificado como um obstáculo por 39% das empresas do segmento privado, enquanto os preços anormalmente baixos constituem uma preocupação para 32% das empresas ligadas às obras públicas.
A AICCOPN sublinha que estes fatores representam limitações relevantes para o setor, que apesar da estabilidade da atividade, continua a enfrentar dificuldades estruturais com impacto na sua competitividade e operacionalidade.