Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA) descobriu que a casca e o caroço do abacate contêm compostos bioativos benéficos para a saúde e com potencial de aplicação industrial, informou esta terça-feira fonte universitária.

De acordo com uma nota de imprensa, a UA refere que a investigação demonstrou que os subprodutos do abacate, especialmente a casca, possuem biomoléculas com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Segundo a investigadora Bruna Neves, do Laboratório de Lipidómica da UA, "entre as biomoléculas de interesse, destacam-se gorduras como os ácidos gordos essenciais ómega-3 e ómega-6, e lípidos mais complexos que os transportam".

Esses subprodutos são também ricos em ácido oleico, benéfico para a saúde, de acordo com Bruna Neves, que está a fazer doutoramento na Universidade de Aveiro, em que a investigação se enquadra.

Graças às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, a casca e o caroço do abacate contêm compostos bioativos que podem auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, contribuir para o funcionamento do coração e saúde do cérebro e reduzir o envelhecimento, acrescenta.

A equipa da universidade admite que os subprodutos do abacate podem vir a ser aproveitados como ingredientes nutricionais e bioativos para alimentos e cosméticos.

Bruna Neves, que assina o trabalho a par da investigadora Tânia Melo e da professora Maria Rosário Domingues, lembra que o reaproveitamento destes subprodutos evita desperdício, ajuda o ambiente e promove uma economia circular.