Um casal de trapezistas acusa Victor Hugo Cardinali de agressões, ofensas e ameaças de morte. O motivo poderá ter sido uma "recusa do artista em continuar o trabalho de montagem do circo" por estar lesionado.
A notícia foi partilhada na manhã desta segunda-feira, 7 de abril, pelo Jornal de Notícias, que chegou à fala com as duas alegadas vítimas, tendo também tentado entrar em contacto com o dono do circo.
Segundo é referido, as agressões terão ocorrido na última sexta-feira (4), dia em que o circo estava a ser preparado para uma jornada de três dias de espetáculos na Trofa.
Em declarações à publicação já citada, o trapezista Vítor Constant, a alegada vítima, contou que o dono do circo tentou invadir a caravana onde vive com a mulher, também ela trapezista: "começou a gritar, a querer invadir a caravana e expulsou-nos".
É salientado que as agressões chegaram depois de Vítor Constant comunicar a Victor Hugo Cardinali que precisava de ir ao hospital, uma vez que já "não aguentava as dores nas mãos e cotovelos" por causa da carga pesada de trabalho. O trapezista afirmou ao JN que esta é a única justificação que encontra para o comportamento do artista, uma vez que foi depois desta mensagem que Victor Hugo Cardinali partiu para as ameaças.
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"Deu-me um soco na cara. Caí, ensanguentado, e tentou chutar-me e pisar-me". Diz que, ao levantar-se, um primo de Cardinali lhe deu um soco. Depois, Cardinali terá agarrado numa pá e ameaçado o trapezista de morte, sendo travado por outros trabalhadores.
O casal ter-se-á "trancado" numa carava, e só saiu depois de acionada a polícia e outros meios de socorro. Os dois trapezistas teriam contrato "até outubro" mas, depois do episódio, terão sido "postos na rua".
As vítimas alegam ainda um "ambiente de constante medo" dentro do circo de Victor Hugo Cardinali, afirmando que, na última semana, "três trabalhadores foram embora por atrasos no salário, maus-tratos, violência e falta de descanso".
Os dois trapezistas dizem ainda que vão "avançar com uma queixa". Já Victor Hugo Cardinali terá sido contactado pelo Jornal de Notícias, mas recusou-se a comentar o caso.