
A 3 de março de 2024, Pedro Chagas Freitas tornava pública nas redes sociais a triste notícia da perda do pai. Na altura, o escritor teceu uma bonita e emocionante homenagem ao progenitor nas redes sociais. Um ano depois, volta a fazê-lo através de uma partilha em que a saudade 'fala' mais alto.
"Pai, um ano sem ti", começou por escrever numa publicação em que se pode ver Pedro Chagas Freitas com o filho ao colo e ao lado do pai. Na prática, um registo no qual se podem ver, de sorriso no rosto, as três gerações da família do escritor português.
"O mundo não mudou com a tua morte. As pedras continuam a ser pedras, a chuva cai sem remorso, a luz dissolve-se nas coisas como se não faltasse nada. Mas falta. Já não discutimos futebol ao domingo, já não comentamos as derrotas como se fossem tragédias nacionais. E são", desabafou o autor.
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"Quando nos dói o que nos apaixona, é uma tragédia, não é? Já não viajamos juntos para as palestras e apresentações, já não nos rimos dos mesmos disparates no caminho. Já não falamos dos novos ditadores do planeta, dos charlatães do século, da maneira absurda como a história se repete e ninguém aprende", continuou.
Pedro Chagas Freitas aproveitou ainda o momento para 'dizer' ao pai que o filho, o pequeno Benjamim, "está cada vez melhor". Recorde-se que o menino foi diagnosticado com uma doença rara que o levou a ficar mais de três meses internado num hospital à espera de um dador de fígado.
"Mesmo quando esteve aquele tempo todo internado, continuava a ser a pessoa mais viva do mundo. Nunca vi ninguém iluminar um hospital assim. Fizeste-me tanta falta quando estávamos lá", fez questão de confidenciar Pedro Chagas Freitas, afirmando que o filho se lembra frequentemente do avô.
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A rematar a sua 'declaração' de amor e consequente saudade ao pai, o escritor confessou que por vezes 'fala' com o pai. "Sei que não me respondes, mas falo. A morte é um idioma que não aprendo por inteiro. Se houver um lugar onde os nomes não se apagam, guarda o meu contigo. Pai, escrevo-te para que o esquecimento nunca vença. Onde eu estiver estarás", terminou.