Bruno de Carvalho esteve à conversa com Daniel Oliveira no ‘Alta Definição’ e recordou a detenção a 2 de novembro de 2018: “Muita coisa se estragou naquele dia na minha relação com a Catarina (filha) que a seguir à minha mãe é a coisa mais importante da minha vida. Não se recuperou… já não há pai herói, mas sim um ser humano simples”.

O ex-presidente do Sporting admitiu ainda não ter protegido a família: “Não consegui. Custa-me bastante. Chamaram-me de criminoso, ladrão, assassino, de tudo. Acho que isso é tão pequenino. Colocaram esse ónus na minha família, mas não foram eles que quiseram que assim fosse“.

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Uma coisa era verem-me na rua sozinho, mas as pessoas não tinham cuidado se eu estava sozinho ou se estava com as minhas filhas. Muitas vezes, cheguei a pedir à minha filha mais velha para levar as mais pequeninas“, continuou

Cheguei a confrontar as pessoas e perguntei-lhes se eram boas da cabeça. Enquanto tomava o café, chamaram-me de tudo. Foram dois anos que ninguém imagina (…) Eu não tenho idade para estar sempre fechado, mas muitas vezes preferia não sair. […] Podia ser mais e melhor, mas crimes nunca cometi. Cheguei a ter um jornal que meteu o meu nome associado a um tema de pedofilia“, rematou.

Texto: André Sousa e Maria Constança Castanheira / Fotos: Impala