Cristina Ferreira lançou aquela que é a sua última revista. A edição atual, com o namorado João Monteiro na capa, marca o fim de 10 anos de trabalho. A apresentadora fez uma sentida reflexão nas redes sociais.
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“O fim Chovia. Esta é a primeira lembrança do início. Todos os que estávamos naquela sala guardámos o momento. Sentimos a benção naquele instante. O que aí vinha era novo, inesperado, entusiasmante, e tinha um nome: CRISTINA. Ia nascer a revista Cristina. O meu sim imediato ao projecto não adivinhou logo o que seria esta jornada tão intensa. Foram 10 anos de trabalho muito compensador. Marcelo Rebelo de Sousa foi o primeiro protagonista, ainda não era presidente. Lembro-me como se fosse hoje do telefonema que lhe fiz e de como me deu força para começar. Dia 7 de março marca o arranque. O largo do chiado reuniu a equipa que segurava balões rosa nas mãos e, no coração, as incertezas do que seria a recepção do público. Foi um estrondo. Um sucesso que a fez esgotar em instantes. A partir daí a história está escrita”, lê-se no Instagram de Cristina Ferreira.
“Fomos ao chão e levantámo-nos sempre”
De seguida, a diretora de entretenimento e ficção da estação de Queluz de Baixo fez revelações. “O papel guardará a memória de tantas vidas, tantas histórias, opiniões, moda, receitas, crónicas e pontos de viragem. Falaram de nós vezes sem conta, surpreendemos com capas arrojadas, fracturantes, únicas. Despimos pessoas e despimo-nos de preconceitos. Fomos liberdade desde sempre. Recebi milhares de mensagens ao longo destes anos de pessoas que não perderam uma. Mandam-me fotografias que comprovam. Emigrantes que esperavam, religiosamente, que chegasse um bocadinho do país naquelas páginas. Passámos por um pandemia com quiosques fechados, falência de empresas parceiras que nos ficaram com o dinheiro todo, (um dia hei-de contar) fomos ao chão e levantámo-nos sempre. Por orgulho e paixão. Esta edição guarda uma década. Guarda também a minha vida. Afinal tinha o meu nome. E, sendo este um projecto de amor, só poderia ser este o fecho. Ponto final. P.S. este vestido preto foi usado no lançamento, há 10 anos, no relançamento e agora no fim. Também os vestidos guardam memórias.”
Texto: Joana Dantas Rebelo Fotos: DR e redes sociais