Cláudio Ramos desabafou recentemente sobre a idade e sobre tudo aquilo que concretizou aos 50 anos. “Passou mais um ano e ainda não aprendi inglês, nem a nadar. Não fui à Grécia. Continuo a gostar muito de azul e a achar que água é a melhor bebida”, começou por dizer.
E continuou a reflexão sobre a entrada nos 51 anos: “Já não mudo os lençóis todos os dias. Não bebi uma gota de álcool, deixei de comer gelado, jantei mais vezes com amigos, cumpri o plano de treino e conquistei maior consciência alimentar. Apanhei sustos e tenho alguns medos. Escrevi o meu décimo livro. Apresentei programas de que o público gostou, porque acho que, com erros e acertos, finalmente consegui ser como sempre me imaginei”.
Cláudio Ramos não tem dúvidas: “Estou mais forte”
“Não li tudo o que gostava de ter lido, nem fui a todas as peças de teatro que me apetecia, mas atualizei séries a cada domingo. Adiei projetos. Visitei lugares que já conhecia, porque gosto de lá voltar e descobri coisas novas. Conheci muitos restaurantes. Acho que viagens e restaurantes são memórias. Não dei tantas gargalhas como queria, mas, sempre que me apeteceu dar, não evitei fazê-lo. Percebi que o amor é bonito com a curiosidade da descoberta, mas sem ansiedade. Discuti menos este ano e por isso para muitos tornei-me mais fraco, mais frágil e seguramente mais vulnerável, mas, para mim, estou mais forte, sem medo de bater com a cabeça, nem com a urgência de provar o que sou. Disse muitas vezes ‘não’ e deixei pessoas pelo caminho. Percebi que gosto muito de estar comigo e este ano houve uma fase em que tive medo de me estar a isolar demasiado, mas percebi que me fazia falta. Escrevi o meu diário e nele tenho de todos os dias do ano o melhor e o pior”, disse ainda.
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Por fim, rematou: “Lembro-me de há muitos anos escrever, num destes diários, que desejava, depois dos 50, ter a vida profissional organizada. Era como se naquele tempo, para mim, apenas do sucesso profissional e da segurança financeira dependesse a minha felicidade. Estava enganado! Dei-me conta de que até aqui a procura pelo sucesso profissional ficou à frente da vida pessoal. Não me queixo, porque, se não tivesse sido assim, não estava onde estou, mas reconheço que devia ter abrandado num lado para ter mais no outro. Hoje, celebro 51 anos. Espero ir a tempo de não ter percebido tarde demais”, concluiu, antes de deixar um agradecimento: “Obrigado a todos pela boa energia.”