Jorge Cruz acaba de anunciar um concerto especial no Teatro Aveirense, em Aveiro, no próximo dia 21 de dezembro, no qual se fará acompanhar por numerosos convidados, que considera representativos do dinamismo e da qualidade da música portuguesa que se faz atualmente.
Este espetáculo marca o regresso do cantor-compositor de Aveiro aos concertos com outros músicos; nos últimos anos, e devido a problemas de saúde, Jorge Cruz tem-se apresentado sozinho em palco.
À BLITZ, o ex-mentor dos Diabo na Cruz, que este ano lançou o álbum a solo “Transumante”, explica: “Depois de ter feito quatro concertos nos últimos anos, sozinho, em formato de viola e voz, senti que estava na hora de experimentar voltar a tocar com outros músicos e esta oportunidade de regressar à sala nobre da minha cidade natal pareceu-me o momento ideal para esse desafio”.
“No fundo, trata-se de uma ocasião para mostrar a Aveiro não só o meu universo musical, como um universo de artistas com que me identifico e tenho afinidades e, ao mesmo tempo, partilhar com esses artistas o universo onde cresci e este momento especial de reencontro com o público de Aveiro”, expõe.
B Fachada, Bia Maria, O Marta, MEMA., Mano e as bandas Retimbrar e Siricaia são os convidados do concerto, e merecem uma apresentação de Jorge Cruz.
“O momento atual da nova música popular portuguesa, com tantos projetos de qualidade, cheios de personalidade e de criatividade, foi o mote para os convites que fiz”, afirma. “Sou grande fã do trabalho dos Retimbrar, que lançaram um disco excelente há um ano e tal, e, quando os vi tocar ao vivo, fiquei cheio de vontade de um dia fazer alguma coisa com eles.”
“O Marta, apesar da sua juventude, é já uma voz marcante da nova música popular portuguesa, com dois ótimos discos e uma mente musical fervilhante. A Bia Maria prepara-se para lançar o primeiro álbum em novembro, e faz uma música vital, com raiz e modernidade, e tem uma voz linda que parece tanto de agora, como de há 100 anos atrás. Estou extremamente feliz por poder cantar e tocar com eles”, sublinha.
Para o concerto de dezembro, Jorge Cruz quis também convidar músicos em ascensão, como MEMA, “que se move na área da pop eletrónica, mas também usa cordofones portugueses e malhas trad/celta nas suas canções, e os Siricaia que vêm da um universo mais rock, blues e folk e têm experimentado aproximações muito interessantes à tradição cultural portuguesa.”
A música de Aveiro fica ainda representada por Mano, que Jorge Cruz descreve como seu “velho irmão desta vida de música e aventura. Começámos a tocar juntos em 1992, numa banda de liceu, depois fizemos Superego e a Fanfarra e só deixámos de tocar juntos quando me mudei para Lisboa. Vai ser especial reencontrar-me com ele no teatro da nossa cidade.”
Com B Fachada, 12 anos depois
Quanto ao reencontro com B Fachada, com quem não toca desde 2012, altura da sua saída de Diabo na Cruz, será outro momento especial. “Tendo em conta tudo o que foi acontecendo com a música popular portuguesa, desde as nossas primeiras colaborações, e o facto de muitos destes novos artistas serem também apreciadores da sua música, pareceu-me o momento ideal para reacendermos a memória dos muitos palcos que já pisámos juntos e reinterpretarmos um par de músicas com as quais fizemos mossa por este país fora. Vai ser muito fixe!”, promete Jorge Cruz.
Os bilhetes para o concerto de 21 de dezembro já estão à venda, e custam 15 euros.