
O Banco Santander Portugal reportou um lucro de 268,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 8,7% face ao período homólogo. Nestes três meses, o banco viu ainda a sua margem financeira reduzida em 19,6%, quando comparada com março de 2024, para 354,2 milhões. O ROE da instituição até março foi de 23,9%, menos 3,4 pontos percentuais (pp) do que no mesmo período do ano passado.
O produto bancário do Santander Portugal teve também uma quebra, na ordem dos 14,5%, fixando-se em 485 milhões. Do lado dos custos, estes subiram 1%, atingindo 130,3 milhões. Por outro lado, o ativo líquido da instituição subiu 2,5% para 56,71 mil milhões. O crédito a clientes também teve um incremento, de 8,7%, para 50,71 mil milhões. Já as comissões cobradas tiveram um crescimento mais modesto, de 0,6%, para 121,7 milhões de euros.
Apesar do resultado líquido menor, o Santander Portugal conseguiu melhorar o seu rácio CET1 em 0,6 pp, em termos homólogos, para 14,2%. Também o rácio NPE teve uma melhoria, descendo 0,3 pp para 1,5%. Já o custo do crédito – média dos últimos 12 meses – atingiu -0,02%, uma redução de 0,16 pp. Por outro lado, o rácio de eficiência ascendeu a 26,9%, mais 4,2 pp do que em março de 2024.
Ao nível da estrutura da empresa, esta tinha, a 31 de março, mais 102 colaboradores do que um ano antes. No entanto, há menos três agências no país.
O CEO do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, destaca o crescimento de 12% no financiamento às empresas e a quota de 20% no crédito à habitação. O líder do banco, citado em comunicado, reforça que “este é apenas o início de 2025” e que “o que vem a seguir é sempre o mais importante”, referindo-se à transformação da instituição.
O Grupo Santander anunciou também os seus resultados nesta quarta-feira, tendo atingido um lucro de 3,4 mil milhões de euros, um crescimento de 19% face ao ano anterior. O grupo espanhol revelou ainda ter aumentado o número de clientes em nove milhões até março, totalizando 175 milhões.
Em 2024, o Santander Portugal atingiu um lucro recorde de 990 milhões de euros, impulsionado ainda pelas taxas de juro do BCE, cuja descida já se começa a refletir nas margens financeiras dos bancos.