"A previsão é de uma produção [de milho e feijões] dobro do que do ano passado e o mais importante é o escoamento superficial e a recarga dos lençóis freáticos que vai proporcionar um aumento de água para a agricultura de regadios", avançou a diretora geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária, Eneida Rodrigues.
O relatório, elaborado pelo Governo de Cabo Verde em parceria com o Comité Interestadual Permanente para Controle da Seca no Sahel (CILSS) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), estima uma produção de 4.996 toneladas de milho e 6.140 toneladas de feijão.
Além disso, segundo Eneida Rodrigues, "há muitos escoamentos superficiais" que podem favorecer o surgimento de culturas temporárias nas ribeiras e bacias hidrográficas do país.
Acrescentou ainda que a pluviometria deste ano "foi muito melhor que a do ano passado e superior à média dos últimos 20 anos".
O relatório também aponta que a situação fitossanitária é estável, com a infestação de gafanhotos limitada à ilha da Boa Vista.
Das recomendações, incluem: o aprimoramento na gestão da água, no controle de pragas, no uso de pastagens e na adaptação do sistema de produção às condições climáticas locais.
O controle da lagarta-do-cartucho também segue em curso, com a liberação do parasita `trichogramma pretiosum´ e a pulverização de biopesticidas fornecidos pelo Ministério da Agricultura e Ambiente.
A situação sanitária dos ruminantes é regular, e a previsão é de uma produção forrageira entre razoável e boa a nível nacional, embora se espere uma produção fraca em alguns concelhos da ilha de Santiago, Santo Antão e São Vicente.
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