O processo de recrutamento de um novo CEO (presidente executivo) para a Galp deverá demorar pelo menos seis meses, adiantou o co-CEO João Diogo Marques da Silva, durante uma conference call.

O gestor, que divide para já a liderança interina da petrolífera com Maria João Carioca, após a saída de Filipe Silva, assegurou que a equipa está focada no trabalho.

"Temos um grande apoio do Conselho de Administração", adiantou, assegurando que "há um processo de recrutamento competitivo em andamento, para avaliar candidatos internos e externos". "Sabemos que [o processo de recrutamento] irá levar pelo menos seis meses", indicou.

Durante a conference call, a propósito dos resultados de 2024, os administradores da Galp foram repetidamente questionados sobre o projeto da Namíbia, onde a empresa está a explorar uma quinta localização.

Maria João Carioca salientou que o grupo não tem pressa, nem estabeleceu qualquer prazo naquele país, estando a aguardar os dados da exploração que tem levado a cabo, não estando a contar com "investimento adicional".

A Galp irá ainda levar a cabo atividades de manutenção adicional no Brasil, indicou.

Num vídeo, divulgado por ocasião da apresentação dos resultados da empresa de 2024, Maria João Carioca indicou que a "produção do grupo este ano é esperada em cerca de 105 mil barris por dia, uma ligeira descida anual".

Para 2026, a gestora disse esperar que "as operações normalizadas façam com que a produção volte a subir".

O grupo reviu ainda em baixa "as necessidades de investimento" para 2025 e 2026, estimando em média um valor inferior a 800 milhões de euros em cada um dos anos.

A Galp registou, em 2024, lucros de 961 milhões de euros, uma queda de 4% em relação ao período homólogo, adiantou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No último trimestre do ano passado, os lucros da Galp caíram 75%, para 71 milhões de euros, indicou ainda o grupo.