O banco ABN AMRO, sediado nos Países Baixos, reportou um lucro de 619 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma descida de 8% face ao ano anterior. Em comunicado, o banco revela que a sua margem financeira encolheu 2%, bem como as suas receitas totais, para 1,56 mil milhões e 2,15 mil milhões, respetivamente.

Em comparação com o período imediatamente anterior, a redução da margem financeira é ainda maior, de 7%, mas o lucro dispara 56%, o que é explicado por custos 19% mais baixos do que nos primeiros três meses de 2025. Estes últimos ascenderam a 1,31 mil milhões até março, mais 4% do que um ano antes. Do lado das receitas, destaca-se o aumento de 8% em comissões, como se tem verificado noutros rivais por toda a Europa, de forma a compensar a queda das taxas de juro. Já o rácio de eficiência do banco fixou-se em 61%, acima dos 57,2% do período homólogo, mas melhor do que os 72% do final de 2024.

A instituição atingiu um ROE de 9,9%, menos 1,7 pontos percentuais face ao ano anterior, mas uma melhoria em relação aos 6,2% registados em dezembro. O banco conseguiu um lucro por ação de 69 cêntimos neste primeiro trimestre, menos 7 cêntimos do que no período homólogo, mas mais 26 cêntimos em cadeia. Por sua vez, o custo de risco manteve-se em 1 ponto base, tal como no trimestre anterior, mas subiu em relação a março de 2024, quando era -1 ponto base. O rácio CET1 foi de 14,7%.

A nova CEO do banco, Marguerite Bérard, destaca a base sólida da economia neerlandesa para enfrentar incertezas geopolíticas. Bérard reforça a necessidade de prosseguir com uma disciplina de controlo de custos, acreditando que ser possível alcançar as suas ambições estratégicas ao mesmo tempo que tornam uma organização mais ágil.