"O PSD quer saber se entreguei ao Expresso a declaração de interesses de Montenegro. Não fui eu", escreveu o dirigente bloquista na rede social X.

Na mesma publicação, Fabian Figueiredo defendeu que "o essencial" é que "há mais de um ano que essa informação devia estar disponível para consulta do público e dos jornalistas".

"A palavra transparência vem no dicionário", remata o líder parlamentar do BE.

O Expresso noticiou na quarta-feira que o primeiro-ministro entregou uma nova declaração à Entidade para a Transparência, referindo mais empresas com as quais a Spinumviva trabalhou e fê-lo na véspera do debate televisivo com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Hoje, o Correio da Manhã e a CNN Portugal referem que duas destas empresas, que já tinham relações com o Estado, conseguiram contratos de milhões de euros já durante o Governo liderado por Luís Montenegro.

Na sequência, o Observador avançou que o deputado do PS Pedro Delgado Alves assumiu numa reunião no parlamento ter acedido a informação que o primeiro-ministro e líder do PSD enviou à Entidade para a Transparência, e que partilhou com Fabian Figueiredo.

Na sequência da divulgação de novos dados, o deputado do PSD Hugo Carneiro pediu ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no parlamento que peça à Entidade para a Transparência os registos de quem acedeu aos dados sobre o primeiro-ministro.

 O PS, através do seu porta-voz, Marcos Perestrello, rejeitou hoje responsabilidades na divulgação da nova lista de clientes da Spinumviva, empresa fundada e para a qual trabalhou o primeiro-ministro, Luis Montenegro, depois de o deputado Pedro Delgado Alves ter admitido que consultou o processo.

Já o primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, assumiu que há indícios de que o PS "tem muito mais a ver" com a divulgação dos clientes da empresa Spinumviva e reiterou que não difundiu nem promoveu a difusão do documento.

 

FM (ANP/SM/RRL) // PSC

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