
O Saxo Bank, banco dinamarquês de investimento, vai passar a ser detido pelo Grupo J. Safra Sarasin, que adquiriu perto de 70% da empresa. O grupo suíço, também ele um banco privado de investimento, anunciou a aquisição nesta segunda-feira, ficando com a parte dos acionistas atuais, a Geely Financials Denmark A/S e o Grupo Mandatum. A operação está ainda sujeita a aprovações regulatórias.
O novo acionista informa ainda que o fundador e CEO do banco, Kim Fournais, vai manter-se na sua posição e ser dono de cerca de 28% da empresa. “O Saxo Bank vai continuar a operar como uma entidade independente”, revela o Grupo J. Safra Sarasin. A manutenção do CEO é justificada como uma forma de assegurar “a estabilidade e a continuidade do negócio”, bem como a “visão a longo prazo e a criação de valor para todos os clientes, parceiros e trabalhadores”.
O Grupo J. Safra Sarasin considera que esta aquisição está em linha com o objetivo de crescimento do grupo e da “construção da sua plataforma de criação de valor para os clientes a longo prazo”. A empresa suíça adianta que pretende integrar a plataforma do Saxo Bank, criando um ‘benchmark’ de “inovação e experiência do cliente dentro da indústria”.
A J. Safra Sarasin acredita também que a “experiência em investimentos digitais e plataformas de ‘trading’ complementa na perfeição” as soluções de gestão de ativos e riqueza da J. Safra Sarasin. As empresas reiteram também estar unidas pela sua valorização da “excelência, estabilidade e foco no cliente”. Por sua vez, o grupo conta que a sua posição financeira e presença global permitam ao Saxo Bank expandir a sua oferta enquanto “continuam a ser pioneiros na criação de novos padrões na experiência de clientes e em soluções ‘online’ de ‘trading’ e investimento”.
Kim Fournais considera que este é um “ponto de inflexão” para o banco e que a operação cria oportunidades benéficas para ambas as empresas, através dos modelos de negócio “únicos”. O CEO do Grupo J. Safra Sarasin, Daniel Belfer, destaca o compromisso do mesmo para com aquisições “estratégicas” e que sustentam a visão a longo prazo da empresa, bem como a dedicação à “inovação e excelência, enquanto mantêm um foco claro em segmentos de negócio distintos”.
Recorde-se que, em Portugal, o Saxo Bank anunciou, nos últimos meses, parcerias com o Novo Banco e a Euronext. O banco dinamarquês reportou lucros de 135 milhões de euros em 2024, um crescimento de 287%.