
O cibercrime é um dos grandes problemas do mundo moderno, cada vez mais ligado em rede e dependente das tecnologias. Apesar da maior consciencialização mundial sobre as ciberfraudes, a verdade é que os burlões continuam bem ativos e a arranjar sistematicamente novas formas de ludibriar os utilizadores da internet. Utilizando técnicas como a deepfake e a Inteligência Artificial, as burlas são cada vezes mais eficazes, – os cibercriminosos estão sempre a aperfeiçoar as suas técnicas – causando inúmeros prejuízos financeiros em variados países. São milhões as pessoas que em todos o mundo caiem anualmente nestes esquemas, apesar de toda a informação existente e alertas constantes.
Segundo o mais recente relatório da Global Anti-Scam Alliance, este valor total de fraudes cibernéticas corresponde ao do PIB de países como a Suíça, a Turquia ou os Países Baixos.
A Stocklytics, plataforma especializada em análise para investidores, analisou os dados disponíveis relativamente às burlas cibernéticas e concluiu que, em 2024, estas custaram ao mundo qualquer coisa como um bilião de dólares (cerca de 880 mil milhões de euros). Segundo o mais recente relatório da Global Anti-Scam Alliance, este valor total de fraudes cibernéticas corresponde ao do PIB de países como a Suíça, a Turquia ou os Países Baixos. Um inquérito realizado a 58 mil pessoas mostrou que quase metade delas são vítimas de burla semanalmente, ainda que o nível de perdas monetárias varie de país para país.
Norte-americanos perderam o dobro dos europeus e chineses
Neste montante total, os norte-americanos foram os mais afetados: em média perderam cerca de 3.500 dólares (cerca de 3 mil euros) por golpe aplicado, o dobro dos europeus e dos chineses. Ainda assim são vários os países europeus muito próximos dos valores de fraude norte-americanos. Por exemplo, a média de valor perdido em fraudes na Dinamarca ronda os 3 mil dólares (cerca de 2.650 euros) e na Suíça esse valor ascende a 2.980 dólares (cerca de 2.625 euros). A Eslováquia situa-se em terceiro lugar desta lista de maiores afetados, com um montante médio de 2.738 dólares (cerca de 2.412 dólares). Ainda na Europa, o Reino Unido e a França os gastos médios rondam os 1.500 dólares (cerca de 1.321 euros).
Os principais métodos de ataque continuam a ser os mesmos: chamadas telefónicas, mensagens de texto e SMS, sendo que os ataque por Whatsapp estão a aumentar.
Por outro lado, na Ásia, Singapura é outro dos maiores perdedores, com um valor médio de 2.500 dólares (cerca de 2.202 euros), e a China está próximo dos 1.500 dólares (cerca de 1.321 euros). Entre os países com as médias de valor mais baixas estão a Índia, com 384 dólares (cerca de 338 euros) e o Quénia, com 109 dólares (cerca de 96 dólares.
Os principais métodos de ataque continuam a ser os mesmos: chamadas telefónicas, mensagens de texto e SMS, sendo que os ataque por Whatsapp estão a aumentar. A ciberfraude afecta 22% dos inquiridos, e a fraude de investimento e roubo de identidade seguiram-se de perto. O phishing, no entanto, foi o tipo de ciberfraude menos participado.
Veja na tabela a seguir, a média das perdas por fraude cibernética por países, em dólares, segundo os dados da Global Anti-Scam Alliance: